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27/07/2020
Dividida: a banda podre da CNBB racha com o resto da Conferência e abre fogo contra Bolsonaro.

Dividida: a banda podre da CNBB racha com o resto da Conferência e abre fogo contra Bolsonaro.

27-07-2020

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Por FratresInUnum.com

Foi uma semana tensa para a ansiedade da velha guarda da CNBB, aqueles petistas de sacristia que alçaram voos para o episcopado com o pacto firme de promover a ascensão do partido mais corrupto da história, mas que, no final, fracassaram e estão terminando a vida frustrados. Frustrados! Fracassados! Diga-se em alto e bom tom! Frustrados, porque o povo pobre preferiu seguir as seitas pentecostais e renegar a politicagem mofada desses fanáticos comuno-lulistas. Fracassados, porque, exceto eles mesmos, ninguém leva a sério as notinhas, que eles pretensiosamente pensam ser “profecia”.

A conivência com a qual esses mesmos senhores sempre trataram os crimes do PT é vergonhosa. Eles sempre usaram a Igreja como máquina de propaganda do partido, sempre a mantiveram calada quando foi para proteger a sua cria, e, agora, querem usá-la mais uma vez para uma afronta que só beneficiaria o PT.

Por isso, a agitação panfletária da semana passada foi tão febril. Mesmo não conseguindo senão uma adesão minoritária, os bispos da esquerda não conseguiram se conter e soltaram para ninguém menos que a Folha de São Paulo o seu odioso panfleto.

Programada para ser publicada no dia 22, festa de Santa Maria Madalena, graças ao protesto de muitos bispos que não se quiseram acumpliciar, a tal “Carta ao Povo de Deus” foi adiada, adiada, até que… vazou!  Assim, ingenuamente, aproveitando a impossibilidade de que os bispos se reúnam fisicamente, já que a epidemia de coronavírus obteve o cancelamento da assembleia geral deste ano.

É interessante como, para as manifestações tradicionais, a CNBB precise manter a comunhão e os bispos devam conservar o consenso na mordaça, mas, para as manifestações de esquerda, os minoritários reivindiquem o direito de autonomia para se manifestar e publicar o seu protesto ideológico.

Nos bastidores, conjectura-se que o autor da carta tenha sido Dom Joaquim Mól, o qual aparece na matéria da Folha como um dos signatários. Se isso for verdade, como os bispos podem permanecer calados?

Eles votaram em quem para ser o Secretário Geral, em Dom Joel Portella ou em Dom Joaquim Mól?

Mól, de campanha vigorosa nas últimas duas eleições da CNBB, foi rejeitado em ambas pelo episcopado, graças também aos apelos feitos por este blog.

Como pode um bispo não eleito ter tanto poder assim?

Outro articulador relevante do “manifesto” foi Dom Leonardo Ulrich Steiner, também defenestrado da presidência da CNBB na última eleição.

Ora, senhores bispos: a Assembléia Geral da CNBB, que elege e é a autoridade maior da entidade, é um simples jogo de cena?

Os senhores rejeitam dois prelados, mas deixam-se indiretamente ser guiados por eles?

Tomem postura! Falem! Façam algo!

É verdade que esse cenário contrasta com outra informação de bastidores, a de que o seu arcebispo, o presidente da CNBB, Dom Walmor Azevedo, teria se posicionado internamente contra a publicação. Mas, nesta altura do campeonato, isso é apenas um boato ou é realmente um teatro voluntário? Quem o pode saber?

Para além das conjecturas, um fato impõe-se como verdadeiro: Dom Walmor não teve a fibra moral de manter a Conferência Episcopal naquela propagada união de consenso e, agora, sob a sua presidência, a divisão que já era antiga fica escancarada. A tal “comunhão” foi quebrada.

Há um grupo de agitadores que mantém a CNBB sob as suas rédeas e que agora se precipitou e causou escândalo. Apesar de uma grande parcela de bispos ter mandado notas de repúdio à presidência, a ala comunista avançou obstinada como um trem. Bom… Um mérito ela tem: para que serve uma Conferência Episcopal já que eles podem se lançar em iniciativas independentes e falar o que querem, aos quatro ventos, nos jornais? Justo esses que sempre usaram o nome da CNBB, agora, jogam a colegialidade do Vaticano II bem na lata do lixo!

Dane-se! Façamos profecia!

Seria esta uma oportunidade para os bons bispos do Brasil se posicionarem. O Brasil tem dimensões continentais… Para que ter uma Conferência Episcopal única? Não seria a hora de levar adiante o processo que já começaram na Amazônia, com a criação da tal Conferência Eclesial Amazônica – um organismo novo, desprovido de personalidade canônica e que ninguém sabe exatamente no que vai dar – e criar várias Conferências Episcopais no Brasil?

Que a CNBB era canhota todo mundo já sabia, mas, agora, realmente virou bagunça. Dividida, a CNBB virou um circo que perdeu a razão de existir. De partido político, virou uma piada política, e piada de mal gosto.

Uma pergunta fica: por que a matéria da Folha divulgou apenas alguns nomes dos 152 signatários, escondendo todos os demais? Será que alguém ali está com medo de ser exposto? Ora, o que mais interessa neste imbroglio é saber o nome de quem assinou: precisamos saber exatamente quem são e onde estão.

Dom Walmor deveria pura e simplesmente renunciar! Ou, que tal — e os petistas tremem só de ouvir falar — um impeachment?

Fonte: https://fratresinunum.com/2020/07/27/dividida-a-banda-podre-da-cnbb-racha-com-o-resto-da-conferencia-e-abre-fogo-contra-bolsonaro/

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Leia abaixo a íntegra da carta 

"Somos bispos da Igreja Católica, de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que no exercício de sua missão evangelizadora, sempre se coloca na defesa dos pequeninos, da justiça e da paz. Escrevemos esta Carta ao Povo de Deus, interpelados pela gravidade do momento em que vivemos, sensíveis ao Evangelho e à Doutrina Social da Igreja, como um serviço a todos os que desejam ver superada esta fase de tantas incertezas e tanto sofrimento do povo.

Evangelizar é a missão própria da Igreja, herdada de Jesus. Ela tem consciência de que “evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Alegria do Evangelho, 176). Temos clareza de que “a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. A nossa reposta de amor não deveria ser entendida como uma mera soma de pequenos gestos pessoais a favor de alguns indivíduos necessitados [...], uma série de ações destinadas apenas a tranquilizar a própria consciência. A proposta é o Reino de Deus [...] (Lc 4,43 e Mt 6,33)” (Alegria do Evangelho, 180). Nasce daí a compreensão de que o Reino de Deus é dom, compromisso e meta.

É neste horizonte que nos posicionamos frente à realidade atual do Brasil. Não temos interesses político-partidários, econômicos, ideológicos ou de qualquer outra natureza. Nosso único interesse é o Reino de Deus, presente em nossa história, na medida em que avançamos na construção de uma sociedade estruturalmente justa, fraterna e solidária, como uma civilização do amor.

O Brasil atravessa um dos períodos mais difíceis de sua história, comparado a uma “tempestade perfeita” que, dolorosamente, precisa ser atravessada. A causa dessa tempestade é a combinação de uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República, provocada em grande medida pelo Presidente da República e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança.

Este cenário de perigosos impasses, que colocam nosso País à prova, exige de suas instituições, líderes e organizações civis muito mais diálogo do que discursos ideológicos fechados. Somos convocados a apresentar propostas e pactos objetivos, com vistas à superação dos grandes desafios, em favor da vida, principalmente dos segmentos mais vulneráveis e excluídos, nesta sociedade estruturalmente desigual, injusta e violenta. Essa realidade não comporta indiferença.

É dever de quem se coloca na defesa da vida posicionar-se, claramente, em relação a esse cenário. As escolhas políticas que nos trouxeram até aqui e a narrativa que propõe a complacência frente aos desmandos do Governo Federal, não justificam a inércia e a omissão no combate às mazelas que se abateram sobre o povo brasileiro. Mazelas que se abatem também sobre a Casa Comum, ameaçada constantemente pela ação inescrupulosa de madeireiros, garimpeiros, mineradores, latifundiários e outros defensores de um desenvolvimento que despreza os direitos humanos e os da mãe terra. “Não podemos pretender ser saudáveis num mundo que está doente. As feridas causadas à nossa mãe terra sangram também a nós” (Papa Francisco, Carta ao Presidente da Colômbia por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, 05/06/2020).

Todos, pessoas e instituições, seremos julgados pelas ações ou omissões neste momento tão grave e desafiador. Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela COVID-19, tratando-o como fruto do acaso ou do castigo divino, o caos socioeconômico que se avizinha, com o desemprego e a carestia que são projetados para os próximos meses, e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço. Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja, no seguimento Àquele que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises. As reformas trabalhista e previdenciária, tidas como para melhorarem a vida dos mais pobres, mostraram-se como armadilhas que precarizaram ainda mais a vida do povo. É verdade que o Brasil necessita de medidas e reformas sérias, mas não como as que foram feitas, cujos resultados pioraram a vida dos pobres, desprotegeram vulneráveis, liberaram o uso de agrotóxicos antes proibidos, afrouxaram o controle de desmatamentos e, por isso, não favoreceram o bem comum e a paz social. É insustentável uma economia que insiste no neoliberalismo, que privilegia o monopólio de pequenos grupos poderosos em detrimento da grande maioria da população.

O sistema do atual governo não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma “economia que mata” (Alegria do Evangelho, 53), centrada no mercado e no lucro a qualquer preço. Convivemos, assim, com a incapacidade e a incompetência do Governo Federal, para coordenar suas ações, agravadas pelo fato de ele se colocar contra a ciência, contra estados e municípios, contra poderes da República; por se aproximar do totalitarismo e utilizar de expedientes condenáveis, como o apoio e o estímulo a atos contra a democracia, a flexibilização das leis de trânsito e do uso de armas de fogo pela população, e das leis do trânsito e o recurso à prática de suspeitas ações de comunicação, como as notícias falsas, que mobilizam uma massa de seguidores radicais.

O desprezo pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia também nos estarrece. Esse desprezo é visível nas demonstrações de raiva pela educação pública; no apelo a ideias obscurantistas; na escolha da educação como inimiga; nos sucessivos e grosseiros erros na escolha dos ministros da educação e do meio ambiente e do secretário da cultura; no desconhecimento e depreciação de processos pedagógicos e de importantes pensadores do Brasil; na repugnância pela consciência crítica e pela liberdade de pensamento e de imprensa; na desqualificação das relações diplomáticas com vários países; na indiferença pelo fato de o Brasil ocupar um dos primeiros lugares em número de infectados e mortos pela pandemia sem, sequer, ter um ministro titular no Ministério da Saúde; na desnecessária tensão com os outros entes da República na coordenação do enfrentamento da pandemia; na falta de sensibilidade para com os familiares dos mortos pelo novo coronavírus e pelos profissionais da saúde, que estão adoecendo nos esforços para salvar vidas.

No plano econômico, o ministro da economia desdenha dos pequenos empresários, responsáveis pela maioria dos empregos no País, privilegiando apenas grandes grupos econômicos, concentradores de renda e os grupos financeiros que nada produzem. A recessão que nos assombra pode fazer o número de desempregados ultrapassar 20 milhões de brasileiros. Há uma brutal descontinuidade da destinação de recursos para as políticas públicas no campo da alimentação, educação, moradia e geração de renda.

Fechando os olhos aos apelos de entidades nacionais e internacionais, o Governo Federal demonstra omissão, apatia e rechaço pelos mais pobres e vulneráveis da sociedade, quais sejam: as comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, as populações das periferias urbanas, dos cortiços e o povo que vive nas ruas, aos milhares, em todo o Brasil. Estes são os mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus e, lamentavelmente, não vislumbram medida efetiva que os levem a ter esperança de superar as crises sanitária e econômica que lhes são impostas de forma cruel. O Presidente da República, há poucos dias, no Plano Emergencial para Enfrentamento à COVID-19, aprovado no legislativo federal, sob o argumento de não haver previsão orçamentária, dentre outros pontos, vetou o acesso a água potável, material de higiene, oferta de leitos hospitalares e de terapia intensiva, ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea, nos territórios indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais (Cf. Presidência da CNBB, Carta Aberta ao Congresso Nacional, 13/07/2020).

Até a religião é utilizada para manipular sentimentos e crenças, provocar divisões, difundir o ódio, criar tensões entre igrejas e seus líderes. Ressalte-se o quanto é perniciosa toda associação entre religião e poder no Estado laico, especialmente a associação entre grupos religiosos fundamentalistas e a manutenção do poder autoritário. Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e sua justiça?

O momento é de unidade no respeito à pluralidade! Por isso, propomos um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito, com ética na política, com transparência das informações e dos gastos públicos, com uma economia que vise ao bem comum, com justiça socioambiental, com “terra, teto e trabalho”, com alegria e proteção da família, com educação e saúde integrais e de qualidade para todos. Estamos comprometidos com o recente “Pacto pela vida e pelo Brasil”, da CNBB e entidades da sociedade civil brasileira, e em sintonia com o Papa Francisco, que convoca a humanidade para pensar um novo “Pacto Educativo Global” e a nova “Economia de Francisco e Clara”, bem como, unimo-nos aos movimentos eclesiais e populares que buscam novas e urgentes alternativas para o Brasil.

Neste tempo da pandemia que nos obriga ao distanciamento social e nos ensina um “novo normal”, estamos redescobrindo nossas casas e famílias como nossa Igreja doméstica, um espaço do encontro com Deus e com os irmãos e irmãs. É sobretudo nesse ambiente que deve brilhar a luz do Evangelho que nos faz compreender que este tempo não é para a indiferença, para egoísmos, para divisões nem para o esquecimento (cf. Papa Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, 12/4/20).

Despertemo-nos, portanto, do sono que nos imobiliza e nos faz meros espectadores da realidade de milhares de mortes e da violência que nos assolam. Com o apóstolo São Paulo, alertamos que “a noite vai avançada e o dia se aproxima; rejeitemos as obras das trevas e vistamos a armadura da luz” (Rm 13,12).

O Senhor vos abençoe e vos guarde. Ele vos mostre a sua face e se compadeça de vós.

O Senhor volte para vós o seu olhar e vos dê a sua paz! (Nm 6,24-26)."

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2020/07/27/bispos-da-cnbb-assinam-carta-contra-governo-bolsonaro-desprezo-pela-educacao-cultura-e-saude-nos-estarrece.ghtml?




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