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09/03/2014
O FUTURO DOS FILHOS

  

O FUTURO DOS FILHOS

Publicado em 4 de Março de 2014

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Todos os pais, e com muita razão, preocupam-se com o futuro dos filhos. Porque não é suficiente tê-los lançados neste mundo, nem tão pouco é suficiente alimentá-los, vesti-los, e cuidar que cresçam fortes e robustos. Antes do mais é preciso educá-los bem e proporcionar-lhes um estado conveniente em que possam viver honestamente e de maneira honrada. Pois bem, para isso é preciso que o pai cuide em ajudar o filho para que encontre o caminho que o leve a um bem estar e o faça prosseguir por ele sem se extraviar.

Da boa escolha depende o bom resultado, enquanto um filho mal encaminhado, poderia ser a causa da ruína de toda a família.

Muitas vezes já se deu este caso doloroso. Apenas o filho chegou à idade de doze anos, o pai o emprega com o primeiro que se apresenta, para que comece a ganhar alguma coisa. Se ganha pouco e outro lhe oferece mais, tira-o logo do primeiro emprego para colocá-lo no segundo.

E o mesmo faria no dia seguinte se se apresentasse um terceiro que pagasse mais. Não olha ao gênero de trabalho a que se dedica o filho, nem tão pouco à moralidade do patrão, nem ao ambiente em que terá de viver; se ali se blasfema o Santo Nome de Deus, se se fala mal, se se trabalha nos dias santos, se lhe darão o tempo necessário para cumprir seus deveres de bom cristão. O único fim é o dinheiro. Basta que paguem bem. É tudo. Mas essa maneira de proceder é sumamente prejudicial.

Deve-se reconhecer que o salário tem sua importância mas não deve ser a única preocupação. É certo que é preciso ganhar para viver, mas não é menos certo que temos obrigação de salvar a nossa alma. Nosso Senhor disse: “Que aproveitará ao homem ganhar todo o mundo se vier a perder a sua alma?” Além disso, quem não sabe que não é o muito dinheiro que dá felicidade?

Se o filho é honrado, levará à sua casa o ordenado da semana, mas se ele trabalha em um ambiente onde reina o mal, por mais que ele ganhe não será isso suficiente para seus vícios. Que proveito poderá advir à família, e que poderá esperar um pai de um filho patife, que vive na ignorância que não sabe nem mesmo os rudimentos de um ofício, que deixou sua oração, que não vai à Missa, que não frequenta os Sacramentos, que já aprendeu a gastar em bebidas e cigarros, que sabe blasfemar, falar palavras obscenas, e coisas piores? O vício é como uma espada que destrói os mais gordos ordenados. A religião e a moral não somente influem no espiritual mas também na economia. Quem numa viagem leva duas malas uma com roupa e outra com dinheiro, cuidaria certamente das duas, mas com certeza preocupar-se-ia mais com a que contém o dinheiro e vendo-se em perigo salvaria preferivelmente esta. Nós também viajamos pelo mundo, e somos compostos de alma e corpo. Devemos antes de tudo cuidar da alma que encerra os valores da vida. Quem age deste modo acerta, mesmo sob o ponto de vista do interesse material.

Não é conveniente que a sede do lucro feche os olhos do pai: ao contrário, deve ele cuidar que a instrução do filho seja a mais completa possível. Muitas vezes um grau a mais de instrução contribui para que se lhe abra mais facilmente o caminho, da vida

Chegada a hora de colocar seus filhos num emprego é preciso saber- se se o pai tem em casa trabalho adequado e suficiente para dar-lhes; sendo assim, não os coloque fora de casa. Mas, às vezes, quando o caráter dos filhos é difícil, é melhor colocá-los às ordens de um patrão para que aprendam a viver. Diz a IMITAÇÃO DE CRISTO: “Ninguém chegará a mandar bem se antes não, aprendeu a obedecer”.

Tudo o que dissemos vale para o caso em que pode obter um emprego conveniente, no qual não se encontram perigos morais e melhor ainda, onde se pode exercer sobre os filhos uma vigilância eficaz.

É necessário mandar-se o filho para fora, para longe de casa, por exemplo, a uma cidade, para que aprenda um ofício? Certamente, se o filho manifesta aptidões para isso; é melhor recomendá-lo a um mestre que possa instrui-lo teórica e praticamente. Eu recomendaria alguma Escola Profissional dirigida por sacerdotes, que ensinam com proficiência ofícios e artes e onde ademais não há o perigo de se perder a fé, mas ao contrário, pode-se adquirir ao mesmo tempo uma instrução que seja o complemento da civil e religiosa.

Ainda uma palavra sobre a escolha do ofício. Deve ser honesto, adotado à índole do filho e além disso, o BOM RENDIMENTO, que dê ao menos para viver.

O moço deve ter aptidões para aquele ofício, tanto corporais comoespirituais e deve sentir INCLINAÇÃO para ele. A inclinação robustece as faculdades naturais, amplifica-as, dá vigor à vontade e ânimo para vencer as dificuldades; é uma garantia de que se sairá bem no que se pretende. Esta inclinação há de ser profunda e séria, manifestada mais com fatos do que com palavras.

Por parte do pai exige-se prudência, recursos e paciência. PRUDÊNCIA, para não exagerar nem se iludir com as pretensas aptidões do filho para determinado ofício. POSSES, para não se impor gastos excessivos ou prejudiciais para a família. PACIÊNCIA, para renunciar a certos lucros imediatos, para realizar os sacrifícios que lhe possam apresentar a carreira do filho.

Livro Maternidade Cristã – Pe humberto Gaspardo - pags 54-56

 

Fonte:http://catolicosribeiraopreto.wordpress.com




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