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18/12/2015
JUBILEU DA MISERICÓRDIA, OU JUBILEU DO DEICÍDIO APÓSTATA

JUBILEU DA MISERICÓRDIA, OU JUBILEU DO DEICÍDIO APÓSTATA

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Por Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

Escutemos o Papa Pio XI, em excertos da sua encícilica “Casti Connubii” promulgada em 31 de Dezembro de 1930:

«Quão grande seja a dignidade da casta união conjugal, podemos principalmente reconhecê-lo, veneráveis irmãos,  pelo facto de que Cristo, Nosso Senhor, Filho do Pai Eterno, tendo tomado a carne do homem decaído, não só ter incluído, de uma forma particular, o Matrimónio – Princípio e fundamento da sociedade doméstica, e mesmo de toda a sociedade humana – naquele desígnio de amor pelo qual realizou a restauração universal do Género Humano; mas depois de o ter reintegrado na pureza primitiva da sua Divina instituição, depois de tê-lo elevado à dignidade de verdadeiro e grande Sacramento da Nova Lei, confiando, por isso, toda a sua disciplina e cuidado à Santa Igreja, Sua Esposa. (…) Mas ao contrário, quando desta Sé Apostólica, como de um observatório, olhamos à nossa volta, verificamos NA MAIOR PARTE DOS HOMENS, COM O ESQUECIMENTO DESTA OBRA DIVINA DE RESTAURAÇÃO, A IGNORÂNCIA TOTAL DA ALTÍSSIMA SANTIDADE DO MATRIMÓNIO CRISTÃO. Vós o verificais tão bem como nós, veneráveis irmãos, e o deplorais connosco. Desconhecem essa santidade, ou negam-na impudentemente, ou ainda, apoiando-se SOBRE OS PRINCÍPIOS FALSOS DE UMA MORALIDADE NOVA E ABSOLUTAMENTE PERVERSA, CALCAM-NA AOS PÉS.   

Estes erros perniciosíssimos e estes costumes depravados, começaram a espalhar-se, até entre os fiéis,e pouco a pouco, de dia para dia, tendem a insinuar-se no meio deles; por isso, em razão da nossa missão de Vigário de Cristo na Terra, de supremo Pastor e Mestre, julgamos que nos competia levantar a nossa voz Apostólica, para afastarmos dos pastos envenenados as ovelhas que nos foram confiadas, e tanto em nós caiba, conservá-las imunes.

(…) E para tomarmos como ponto de partida a encíclica “Arcanum” (10 de Fevereiro de 1880) sobre o Matrimónio Cristão, que é quase toda consagrada a provar a Divina Instituição do Matrimónio, a sua dignidade de Sacramento, e a sua inquebrantável perpetuidade, lembremos, em primeiro lugar, o fundamento que permanece intacto e inviolável: O Matrimónio não foi instituído, nem restaurado, pelos homens, mas por Deus, não foi pelos homens, mas pelo Restaurador da mesma natureza, Jesus Cristo Nosso Senhor, que o Matrimónio foi resguardado por Leis, confirmado e nobilitado, por isso essas Leis NÃO PODEM DEPENDER EM NADA DAS VONTADES HUMANAS, NEM SUJEITAR-SE A NENHUMA CONVENÇÃO CONTRÁRIA DOS PRÓPRIOS ESPOSOS. É esta a Doutrina da Sagrada Escritura; e esta a constante e universal Tradição da Santa Igreja; esta a definição solene do Sagrado Concílio Tridentino, o qual, servindo-se das próprias palavras da Sagrada Escritura, proclama e confirma que a perpetuidade e indissolubilidade do Matrimónio, bem como a sua unidade e imutabilidade, PROVÊM DE DEUS, SEU AUTOR.»

É conhecido como neste mês de Dezembro se completam cinquenta anos sobre o encerramento do latrocínio Vaticano 2; data negativamente importantíssima na História da Humanidade, pois por ela foi iniciada a IDADE PÓS-CRISTÃ, a qual é constitutiva do total desaparecimento da Santa Madre Igreja como realidade social e cultural; transitando o Seu testemunho, e a Sua Indefectível e Intangível Personalidade de Direito Divino Sobrenatural, directamente para as catacumbas; catacumbas incruentas, mas mesmo assim catacumbas, pois até o martírio de sangue nos negaram. Alguns afirmarão, legìtimamente, que a data fundamental seria antes a publicação do “Novo Ordo” em 1969; todavia, a promulgação do princípio da liberdade religiosa, QUE É UM PRINCÍPIO ATEU [encíclicas “Libertas” (Leão XIII, 1888) ; “Immortale Dei” (Leão XIII, 1885); e “Mortalium Animos” (Pio XI, 1928) ],já obliterava todo o Sagrado Edifício Dogmático, exaurindo a Liturgia do seu sentido transcendente e objectivo. Efectivamente, um sacerdote que por grande infelicidade haja perdido a Fé, MAS CONSERVE INTACTO O VÍNCULO MORAL E FUNCIONAL, OBJECTIVO, COM A SANTA MADRE IGREJA, SE CELEBRAR NO RITO ROMANO TRADICIONAL, OU NOUTRO RITO FORMALMENTE APROVADO PELO SAGRADO CONCÍLIO DE TRENTO, CELEBRA O SANTO SACRIFÍCIO E ADMINISTRA VÀLIDAMENTE OS SANTOS SACRAMENTOS. Ora acontece que para isso o dito sacerdote, embora haja perdido a Fé, NÃO PODE SER FAVORÁVEL AO PRINCÍPIO DA LIBERDADE RELIGIOSA, PORQUE SE O FIZER, DESTRÓI PELA RAIZ O REFERIDO VÍNCULO MORAL, FUNCIONAL E OBJECTIVO COM A SANTA MADRE IGREJA, E NESSE CASO CELEBRA INVÀLIDAMENTE, AINDA QUE UTILIZE O RITO ROMANO TRADICIONAL. Neste quadro conceptual, as teses liberais conciliares já inutilizavam eficazmente os Dogmas concernentes ao Santo Sacrifício da Missa, e isto, mesmo antes de o novo ordo ritualizar e cristalizar, objectivamente, esta intenção satânica e deicida.

Pretenderá, acaso, Bergoglio, com este Jubileu, comemorar o cinquentenário do encerramento do latrocínio Vaticano 2? Ou pretenderá antes soltar um ariete que levará a reboque a plena canonização do “sacerdócio feminino” e do “casamento”gay? Já que o conceito de “divórcio católico”, mediante total subversão, quer da Teologia, quer do Direito Canónico; bem como a legitimação administrativa do aborto, através da irrisão do sacramento da Penitência, já se encontram plenamente estabelecidos e aprovados.

A introdução do “casamento gay” no Direito pseudo-Canónico, já possui inúmeros aderentes, mesmo em Portugal, que sem pudor algum dele fazem inaudita apologia. É por demais evidente que o ateu Bergoglio o deseja veementemente; e o que é que o impede? Sendo um perfeito ateu, para ele tudo será mais ou menos indiferente, até mesmo a eutanásia; pois que sòmente existindo, para ele, danos sociais, qualquer sofrimento letal e sem esperança de cura, constituirá para Bergoglio, como para todos os ateus, agnósticos, modernistas, e católicos nominais, algo de medularmente absurdo e insuportável.

A “misericórdia” para Bergoglio e para toda a seita conciliar, não constitui senão uma libertinagem onanista, niilista, toxicodependente, na qual mergulham todos os que se afastam raivosamente de Nosso Senhor Jesus Cristo: Aconteceu com os humanistas naturalistas; aconteceu com Lutero e seus amigos, os quais caíram fàcilmente na poligamia; aconteceu com os revolucionários de 1789; aconteceu com a burguesia emergente das revoluções liberais e republicanas; e está acontecendo com os pederastas da seita conciliar, directamente gerados pelo danado princípio da liberdade religiosa.

Porque a própria Teologia Católica e a sã filosofia expendem a razão última desse processo de horrível decadência: O processo de corrupção intelectual e moral, INICIANDO-SE, OBJECTIVAMENTE, NO ÓPTIMO, DESPENHAR-SE-Á, DE ESCANTILHÃO, NO PÉSSIMO. Consequentemente, é um facto da História e da Sociologia, que é entre os maus católicos que se encontram os piores níveis de imoralidade e amoralidade, muito abaixo dos pagãos, antigos e modernos. Quem poderá negar que o comportamento moral, público e privado, dos habitantes do mundo ocidental, não esteve, frequentemente, muito abaixo dos padrões morais da civilização Chinesa, da civilização Japonesa, ou mesmo da civilização Indiana?  E quantas vezes, nos tempos da conquista cristã das Américas, os índios se escandalizaram com o comportamento totalmente amoral dos pesquisadores de ouro, dos estupradores de índias, e dos caçadores de escravos? E qual foi o exemplo que a “Europa Cristã” proporcionou aos povos africanos colonizados, com o espectáculo das suas Guerras Mundiais, em particular da segunda, com as tremendas mortandades de mulheres e crianças? Santo Agostinho dizia: “Assim como nunca vi homens tão bons como os bons religiosos, também nunca vi homens tão maus como os maus religiosos”.

E é este, precisamente, o “Jubileu da misericórdia”, que CONSTITUI O JUBILEU COMEMORATIVO DA APOSTASIA, DO DEICÍDIO, E DA SODOMIA E ABORTO INSTITUCIONALIZADOS; enquanto constituem a consequência formal da revolução institucionalizada no Vaticano 2. Todo o processo estratégico conciliar foi concebido para ter como resultado a dissolução total a que estamos assistindo.

Mas não será necessário ter misericórdia pelo pecador?

O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo demonstrou assiduamente essa misericórdia, todavia NÃO REVOGOU QUALQUER LEI, NEM QUALQUER CASTIGO; simplesmente declarou que na grande maioria dos casos, entre os homens, AQUELES QUE POSSUEM A FUNÇÃO DE APLICAR CASTIGOS, EM GERAL, NÃO TÊM MORAL ALGUMA PARA TAL. Mesmo assim, Nosso Senhor nunca afirmou que o governante ou o Juiz, pessoalmente indigno, perdia por isso, automàticamente, a sua função. E o Magistério da Santa Madre Igreja sempre o recordou e corroborou ao longo dos séculos. Simplesmente, NÃO COMPETIA AO VERBO ENCARNADO, NA SUA VIDA MORTAL, DESEMPENHAR, FORMALMENTE, QUALQUER AUTORIDADE PÚBLICA. Quando escorraçou os vendilhões do Templo, Nosso Senhor procedeu transcendentalmente como Verbo Encarnado, mas sem missão terrena, funcional, assinalada no seu meio social. Não assim a Santa Madre Igreja; a Qual foi por Nosso Senhor constituída na plenitude do Poder Espiritual, Sobrenatural; bem como na plenitude do Poder Temporal, sempre em Ordem ao Sobrenatural.

O CASTIGO DO ERRO E DO PECADO É UMA EXIGÊNCIA METAFÍSICA; e os próprios hereges e ímpios, inimigos históricos da Santa Madre Igreja, nunca abdicaram de se vingar dos que os prejudicaram, bem como de perseguir afrontosamente o Nome Cristão. E a razão profunda desta aparente contradição, filia-se no facto de ser o próprio da miséria humana AFIRMAR EM NEGATIVO INFERNAL AQUILO QUE DIABÒLICAMENTE NEGOU EM POSITIVO CELESTIAL.

A Misericórdia constitui a SUBLIMAÇÃO DA JUSTIÇA, por conseguinte, PRESSUPÕE A JUSTIÇA; SEM JUSTIÇA NÃO PODE HAVER MISERICÓRDIA. É erro monstruoso opor a misericórdia à Justiça e à Lei Divina, como a seita anti-Cristo adora fazer.

Até mesmo a Justiça do Antigo Testamento, QUE É UMA JUSTIÇA DE SANGUE, se apresenta sublimada pela misericórdia, como, por exemplo, na Instituição das Cidades de refúgio, bem como do Ano Sabático e do Ano Jubilar. Nosso Senhor não revogou o Antigo Testamento, SUBLIMOU-O, AO ELEVAR A REVELAÇÃO AO SEU ZÉNITE SOBRENATURAL ABSOLUTO.

A Santa Madre Igreja praticou sempre a Misericórdia, inclusive com os hereges, outorgando-lhes tempo de arrependimento, e só os condenando quando se obstinavam no erro. Um exemplo dessa misericórdia, encontramo-la no processo de Galileu, o qual era na verdade um grande herético que ridicularizava a Sagrada Escritura. Agora o que não se pode solicitar à Santa Igreja é que faça desaparecer o próprio fundamento da distinção entre o Bem e o mal precipitando as almas no nada e no absurdo; ORA FOI ESSA A INFERNAL OBRA REALIZADA NESTES CINQUENTA ANOS DE PÓS-CONCÍLIO; MAS NÃO FOI A SANTA MADRE IGREJA QUE TAL OPEROU, FOI A MAÇONARIA INTERNACIONAL, USANDO, ASQUEROSA E SATANICAMENTE, A MÁSCARA DA SANTA IGREJA.

Que a Luz dulcíssima que irradia do Presépio de Belém possa ilustrar as inteligências e abrandar os corações, reconhecendo a Soberania Eterna do Menino Deus.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Lisboa, 14 de Dezembro de 2015

 

Fonte:https://promariana.wordpress.com/2015/12/18/jubileu-da-misericordia-ou-jublileu-do-deicidio-apostata/




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