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25/03/2016
“Vermelho” destaca apoio de bispo (que pretende falar pela CNBB) a Lula.

 “Vermelho” destaca apoio de bispo (que pretende falar pela CNBB) a Lula.

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Por Hermes Rodrigues Nery | FratresInUnum.com

Na capa do “Vermelho”, principal site da esquerda no Brasil, foi estampada no começo da tarde de 21 de março, a seguinte manchete: “CNBB não aceita que aproveitem crise para dar golpe”, destacando a fala do bispo de Crateús, Dom Ailton Menegussi,  em apoio ao governo do PT, em meio à grave crise política e institucional, com a abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados e o imbroglio jurídico ocasionado com a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, logo após a liberação pelo juiz Sérgio Moro, dos áudios da conversa de Dilma Roussef e Lula, em que a presidente da República pretendeu favorecer Lula, com o foro privilegiado, para evitar a sua prisão.

Diante de tudo isso,  enoja ver bispos, como que falando em nome da CNBB, repetir a cantilena adjetivando os defensores do impeachment de golpistas. Enoja ter visto Leonardo Boff suplicar em carta aberta para Lula aceitar o cargo de ministro, bem como o áudio de Lula com seu advogado, aconselhando-o a aceitar o ministério para escapar de Sérgio Moro, pragmaticamente, confirmando (com aquela conversa que mais parecia estarem num boteco) o desprezo total de Lula pelas instituições, pela lei e pela moral. O mais enojante é ver que a matéria continua no site do Vermelho, sem que a CNBB se pronuncie dizendo ao menos tratar-se de opinião pessoal daquele bispo, mas ele próprio disse falar em nome da CNBB, e o Vermelho dá ênfase dizendo que “a CNBB não aceita que aproveitem a crise para dar golpe”. Portanto, se a CNBB se cala diante do pronunciamento do bispo de Crateús, é, pois, conivente com aquela declaração.

Não só bispos em nome da CNBB, mas também jornalistas, advogados, juristas especialistas, artistas, saem todos em defesa de Lula (depois de tudo o que expôs a Operação Lava Jato); e o próprio Evo Morales solicita reunião extraordinária da UNASUL, para ajudar o companheiro Lula; outros também o apoiam, como Mujica, Lugo, Zelaya et caterva, em solidariedade a quem Dilma chamou no ato de sua nomeação como Ministro Chefe da Casa Civil, de “o maior líder político do País”.

Tais apoiadores sabem que não se trata apenas de defender simplesmente os companheiros Dilma e Lula, mas toda a utopia  da Pátria Grande e o projeto socialista do Foro de São Paulo, Pátria Grande esta que os bispos brasileiros fizeram questão de fazer menção no Documento de Aparecida (em 2007), e que Guzman Carriquiry defende tão ardorosamente; a Pátria Grande também defendida pelo papa Francisco; apoio este expressado inclusive encontrando-se com João Pedro Stédile, no Vaticano, e com os movimentos populares. O mesmo Carriquiry que foi recebido de braços abertos pelo esquerdista Massimo D’Alema para divulgar a obra que escreveu sobre a Pátria Grande, prefaciada pelo então cardeal Jorge Mario Bergoglio. D’Alema, que juntamente com outras lideranças do internacionalismo de esquerda, assinou  manifesto de apoio a Lula.

É triste reconhecer que Lula chegou aonde chegou, e ainda é mantido, apesar de tudo, pela conivência de bispos católicos que ainda acham que Lula é o único líder capaz salvar o projeto e a utopia da Pátria Grande. É claro que Lula está agora mais preocupado em salvar a sua própria pele, mas recorre aos amigos da UNASUL com a retórica da Pátria Grande, e com o beneplácito dos companheiros prelados que falam em nome da CNBB.

Fonte:http://fratresinunum.com/2016/03/22/vermelho-destaca-apoio-de-bispo-que-pretende-falar-pela-cnbb-a-lula/




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