O choro não é um sinal de fraqueza

Meu filho, Eu chorei e não uma só vez como alguns acreditam. Eu chorei contemplando desde o alto a Cidade, objeto do Meu grande amor. Minhas lágrimas transbordavam ao exterior uma dor que Meu Coração não podia mais conter.

Chorei não por fraqueza, mas porque via as feridas da Cidade predileta, a destruição e a sorte indicada pela justiça divina.

Que tolos são aqueles que pensam que podem zombar de Deus com teimosa obstinação, ou outros que pensam que podem continuar em seus pecados, confiando na Divina Misericórdia.

Esquecem como Eu já te disse, que em Deus, Misericórdia e Justiça são inseparáveis porque são uma coisa só.

Filho, não somente uma vez chorei sobre a Cidade amada e predileta, mas tenho chorado outras vezes pela ruína das almas, tão amadas e por elas Eu não hesitei em Me imolar como Vítima de Expiação e Reconciliação no Calvário e nos altares .

Tenho chorado por Judas, como já sabes, não tanto pela traição perpetrada a Mim, mas pela sua perca, pelo seu espírito orgulhoso, luxurioso e impenitente.

Judas resistiu ao Meu Amor e a todos os impulsos da Minha Graça. Um simples ato de arrependimento teria bastado e Eu, com alegria, o teria salvado.

Isso deve ser bem considerado pelas centenas de Judas desses tempos, e também deve ser considerado pelos inúmeros filhos Meus que persistem em Me rejeitar.

Não é fraqueza, então, Meu pranto, mas dor transbordante do Meu Coração ferido mortalmente pela ruína de tantas almas, não poucas delas consagradas a Mim.

Tem chorado também Minha Mãe

Tem chorado também Minha Mãe, a mais forte e corajosa de todas as mães da humanidade. Ela derramou lágrimas amargas em épocas distantes e próximas, diante da quase total insensibilidade de muitos sacerdotes e fiéis.

Ela conhece bem a grave crise que Minha Igreja e o mundo inteiro estão sofrendo, surdos a todas as reivindicações de Meu Coração Misericordioso, envoltos em uma terrível escuridão que é um prelúdio para uma tempestade iminente.

Não riem os filhos do pecado, não riem os filhos das trevas: a espada da Justiça divina paira sobre suas cabeças!

Filho, o que mais Eu poderia fazer por Minha querida e carinhosamente amada Cidade? Então Eu disse: “Ó Jerusalém, Jerusalém, que assassinas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha acolhe os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vós não o aceitastes! Eis que a vossa casa ficará abandonada! E de ti não sobrará pedra sobre pedra.”

Lançar a semente

Acaso hoje Minha Igreja, Minhas Igrejas, as cidades e as nações são melhores que Jerusalém?

Mas que coisa poderia fazer que não haja feito para salvá-los?

Jerusalém Me rejeitou. Jerusalém Me condenou; Não faltaram os bons que aceitaram Minhas Palavras, como tampouco faltam hoje.

Cidades e povos submersos em um paganismo nauseante Me rejeitam, renovando assim a iníqua condenação.

Meu filho, o curso da Justiça divina será inexorável e irresistível.

Transmita esta Minha Mensagem aos teus irmãos, sem se preocupar com as reações que possam surgir.

Como um bom semeador lança a semente, da qual embora que apenas um único grão tenha caído em terra boa, seu trabalho e seus sofrimentos não terão sido inúteis.

Terás feito um bom serviço aos teus irmãos e dado a Mim um pouco de alegria entre tantas amarguras que Me são dadas.

Eu te abençoo Meu filho, Me ame muito.

(Mensagem de Jesus de 30 de setembro de 1975)

Do livro "Confidências de Jesus a um Sacerdote", de Mons. Ottavio Michelini

Fonte: http://www.santisimavirgen.com.ar/michelini/mensajes.htm