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08/08/2018
Acender o fogo novamente

Acender o fogo novamente

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Escreve, Meu Filho:

Mais vezes tenho te falado sobre o Amor; Com insistência volto a este raciocínio. Isso responde à lógica; Este é um argumento inesgotável, porque inesgotável Sou Eu, o Amor.

Dei aos homens um Novo Mandamento, uma síntese de toda a Lei. Dei à humanidade a chave para a felicidade; Na verdade, se os homens colocarem em prática o Meu Mandamento, a terra será transformada na antecâmara do Paraíso. No Paraíso está o triunfo do Amor.

Eu Sou o Amor e de Mim vivem todas as almas. A perfeição da vida na terra é dada pelo grau de intensidade com que as almas Me amam e Comigo amam os irmãos. Quanto mais perfeito e santo se é, mais se ama. No amor verdadeiro, isto é, no Meu Amor está a verdadeira razão da vida, a autêntica alegria da vida.

O dom da liberdade

Esforce-se, filho, para imaginar a vida do homem sem um fio de amor! O que seria senão uma vida sombria e desesperada, árida e infértil, sem jamais um sorriso (o sorriso é o começo de um ato de amor), sem um raio de luz.

É a vida dos demônios, é a vida dos condenados. É a vida daqueles que se deixam envolver por espíritos malignos que são o orgulho, o ódio e o desespero, a inveja, o ciúme e a insaciável sede do mal.

Estes espíritos condenados, corroídos pela necessidade ardente de agir mal, são autores de iniquidade, são fomentadores de violência, de blasfêmias, de ódios e divisões, de heresias, de obscenidades e de quanto ainda há de mal no universo.

Pelo contrário, o Amor é o ardor do bem, o autor do bem, é uma irrupção irresistível da alma, que é invadida por Ele em direção a Deus e a seus irmãos.

O Amor é um sentimento misterioso que tem sua fonte em Deus e, como uma flecha disparada através do arco, é dirigido para as almas que são o objeto do Amor. As almas são de natureza diversa da matéria à qual, na terra, estão unidas.

A alma é o sopro divino da vida que informa a matéria, a alma, portanto, se assemelha a Deus. Livre e inteligente, pode aceitar o Amor ou rejeitar o Amor, pode aceitá-Lo em medidas e graus diversos.

Filho, o sol espalha seus raios, sua luz e seu calor sobre os corpos que estão em sua órbita e os corpos, do mais nobre ao mais vil, recebem as irradiações solares sem rejeição e sem contaminar nem a luz nem o calor. Mas para as almas, não é assim.

As almas podem abdicar do Amor e optar pelo ódio, podem abdicar da luz e optar pela escuridão, podem abdicar do bem e optar pelo mal. Se os homens entendessem o dom da liberdade!...

Se os homens compreendessem o que este dom contém em si mesmo: escolher uma felicidade eterna que nenhuma linguagem pode descrever e que só o Pai pode dar, ou uma infelicidade não compreensível por parte do homem peregrino na terra.

Rejeitam o Amor

Na humanidade viandante ainda não há amor perfeito: esse amor perfeito consiste em amar a Deus, Uno e Trino e em amar os irmãos mais do que qualquer outra coisa no mundo; é o Novo Mandamento livremente aceito e vivido no mais alto grau de intensidade.

Esta perfeição do Amor se alcança e se completa no Paraíso. O grau de glória corresponde a esse grau de amor: quanto mais intenso é o amor alcançado, mais alto é o grau de glória. 

Por que os homens rejeitam o amor? Por que os homens não sabem valorizar o bem maior para o qual foram criados? Nisso, também, pesam graves responsabilidades sobre a consciência de Meus sacerdotes e pastores.

Se aqueles que estão encarregados de alimentar os alto-fornos das siderúrgicas pararem de alimentar o fogo, tudo pára; cessa o fogo dos fornos, cessa toda atividade na fábrica. Assim podeis dizer para as grandes usinas térmicas.

O Amor pode ser comparado ao fogo, qualquer que seja a natureza, que alimenta a usina siderúrgica ou a grande central elétrica: se o fogo cessa, deixa de pulsar a vida.

Na Minha Igreja muitos fornos foram extintos. Cada Bispo e cada sacerdote devem ser uma fornalha incandescente que libere calor, energia espiritual com a santidade da vida, com o poder da Graça divina, com a Palavra divina.

Mas se esses fornos não são alimentados, neles e em suas comunidades a vida é gradualmente extinta. Por causa dessa triste realidade, a Igreja sofre.

O verdadeiro problema

Que maravilhoso milagre ocorreria, que prodígios o mundo veria se os bispos chamassem seus sacerdotes ao seu redor e com verdadeira, verdadeira e verdadeira humildade (como lhes ensinei) e sem a qual não há genuína vitalidade interior, concordariam juntos por consentimento mútuo para acender em si mesmos o fogo do Amor para comunicá-lo aos seus filhos e irmãos!

Oh, se pondo de lado todas as coisas que são de pouca utilidade para a salvação das almas, se dedicassem intensamente ao verdadeiro problema da Igreja, o de conter e refutar a ofensiva desencadeada pelas forças do Inferno, usando e afiando as armas colocadas em desuso da oração, da mortificação, da penitências internas e externas, andando diante de Mim em obediência ao Meu Vigário e à Hierarquia na pobreza evangélica.

O mundo ainda poderia ser salvo do colapso em ação que o ameaça...

Porém não se pode rezar, não se pode mortificar-se, não se pode aceitar o sofrimento se não se crê e se não se ama.

Meu filho, é aqui que outra vez temos chegado ao cerne da questão: há uma crise de fé. E há necessariamente uma crise de amor.

Muitos falam de amor, mas na realidade em poucas almas arde verdadeiramente. A crise de fé extinguiu muitos fornos na própria Igreja.

É necessário acendê-los novamente, sem perder tempo, para que a Vida divina flua novamente nas almas.

Filho, reze e faça as boas almas rezarem. Ofereçam-se com generosidade ao Meu Coração Misericordioso e ao Coração Imaculado de Minha Mãe e vossa, quer dizer, acender novamente o fogo onde há frio e gelo de morte.

Te abençoo.

(Mensagem de Jesus de 14 de dezembro de 1975)

Do livro "Confidências de Jesus a um Sacerdote", de Mons. Ottavio Michelini

Fonte: http://www.santisimavirgen.com.ar/michelini/mensajes.htm




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