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08/02/2015
OTAN estacionou 30 mil soldados na fronteira russa

A OTAN já está em guerra na Ucrânia... e está perdendo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

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A Junta de Kiev, apoiada pelos EUA-OTAN, ordenou o bombardeio de áreas civis em Donetsk

5/2/2015, [*] Finian Cunningham − Strategic Culture
NATO is Already at War in Ukraine… and it is Losing
Tradução: mberublue.

Em mais um espetáculo de malabarismo, a mídia ocidental está, nesta semana, apresentando de maneira distorcida a noção de que os Estados Unidos e a OTAN estariam “considerando enviar ajuda militar letal” para “defender” o regime de Kiev de uma “agressão russa”.

Não passa de uma piada sem graça. A explicação real reside no fato de que a OTAN está perdendo a guerra que trava na Ucrânia e necessita de mais suprimento militar para tentar recuperar pelo menos um pouco do prejuízo.

Em primeiro lugar, a imprensa-empresa ocidental reconhece maliciosamente que a OTAN, liderada pelos Estados Unidos supostamente até este momento “só enviou para o teatro de guerra equipamento militar não letal”. Essa desonestidade retórica tem a intenção de demonstrar que esse “material não letal” de alguma forma não se trata de equipamento militar. Ocorre que, letal ou não letal, equipamento militar é equipamento militar. Então, vamos deixar a semântica de lado. Os Estados Unidos e seu alter ego de relações públicas conhecido como OTAN, já estão profundamente envolvidos na guerra da Ucrânia através de forte apoio ao regime de Kiev, já há mais de dez meses em combates na ofensiva do leste ucraniano que apenas até este momento, já causou mais de 5.300 mortes.

Em segundo lugar, não passa de uma ilusão patética a noção de que Washington estaria “reconsiderando” a possibilidade de enviar para a Ucrânia “ajuda letal” conforme o que foi relatado na segunda feira pelo jornal New York Times. Equipamento militar letal já está sendo enviado para a Ucrânia pelos Estados Unidos e seus aliados da OTAN. Apesar disso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta semana que não resolverá o conflito “colocar mais armas letais na Ucrânia”. Enquanto isso, a chanceler alemã Angela Merkel, acrescentando que o conflito não pode ser resolvido por meios militares, prometeu que a Alemanha tampouco fornecerá armas para a Ucrânia. Tanto Obama quanto Merkel, ou são terrivelmente falsos ou vivem no mundo da Lua. Provavelmente, ambas as coisas.

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Enterro de civis bombardeados pela Junta de Kiev em Mariupol (30 mortos)

Vamos encurtar a história. Não só agora, mas desde o ano passado a OTAN está em plena guerra na Ucrânia, se não nas últimas décadas, de forma secreta.

Em sua coluna da SCF (Strategic Culture Foundation) desta semana, Wayne Madsen fornece provas precisas e detalhadas de que um avião gigante de transporte, o Antonov AN124, ucraniano, foi detectado enquanto transportava armas em um vôo através de vários países da OTAN para Kiev nos últimos quatro meses, pelo menos. O avião de transporte – o maior do mundo para este tipo de aeronave – foi visto sendo carregado nos Estados Unidos, Noruega, Itália e Romênia na missão secreta de canalizar armas pesadas para o regime de Kiev.

Antes disso, o governo russo já havia afirmado que foram registrados em operação dentro da Ucrânia, mercenários dos Estados Unidos, provavelmente da empresa Blackwater/Academi, empresa de segurança contratada pelo Pentágono, lado a lado com unidades do exército ucraniano, incluindo-se a Guarda Nacional Ucraniana, unidade ao estilo nazista da SS.

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Alexei Karyakin

Nesta semana, Alexei Karyakin, porta voz da auto declarada República Popular de Lugansk disse que pedaços de munições da OTAN foram recuperadas em várias zonas de combate.

As marcas da OTAN estavam em vários fragmentos das munições recuperadas... Agora a OTAN está matando nossos concidadãos, disse Karyakin.

No início deste mês, quando a milícia pró russa de auto defesa retomou o Aeroporto Internacional de Donetsk das forças de Kiev, que o estavam usando como local favorável para bombardear Donetsk nos meses passados, relataram que entre restos carbonizados foram encontrados manuais da OTAN em várias línguas europeias, além de outros itens identificados como equipamento padrão da OTAN.

A Lei de Apoio à Liberdade da Ucrânia foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos no final do ano passado, tornando obrigatória a concessão de ajuda letal e não letal para o regime de Kiev no valor de 350 milhões de dólares. A administração Obama tenta manter a fantasia de que teria agido no sentido de prover apenas ajuda “não letal” na Lei, mas isso é tentar esticar nossa credulidade até os limites do rompimento.

O entendimento de que os Estados Unidos e seus aliados da OTAN, Inglaterra, Polônia e Estados Bálticos inclusive, estão agora – e só agora – especulando sobre a possibilidade de fornecimento de equipamento letal para o regime de Kiev é simplesmente risível.

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A Junta de Kiev-OTAN promovem a NAZIFICAÇÃO da Ucrânia

Na realidade, de acordo com relatórios de fontes confiáveis, as tropas de choque paramilitares do partido neonazista Setor de Direita (Pravy Sektor) foram usadas para incitar os protestos letais de Maidan em novembro/2013, o que teve como consequência o golpe de Estado que derrubou o governo eleito do presidente Yanukovich em fevereiro do último ano, estiveram em treinamento por meses em campos militares na Polônia, aprendendo técnicas de subversão e terrorismo. A Polônia, um membro da OTAN, e a agência americana CIA instrumentalizaram assim o fornecimento de “cães de guerra” que precipitaram a crise da mudança do regime e da guerra civil que hoje se desenrola na Ucrânia.

Podemos voltar ainda para a “revolução colorida” de 2004, inspirada pela CIA, ou ainda para 1991, quando a URSS entrou em colapso e os Estados Unidos começaram a infiltração e fomentação, regada a cinco bilhões de dólares, de “grupos da sociedade civil” na Ucrânia. A denominação não passa de um eufemismo para a cobertura dos agentes da desestabilização promovida por Soros-CIA-USAID. Quando, no final de 2013, a estridente Victoria Nuland, neocon do Departamento de Estado se gabou desajeitadamente durante os protestos de Maidan de ter dispendido cinco bilhões de dólares em fundos de cortesia, tomamos conhecimento dos fatos. Ainda nesta semana a comparsa de Nuland no Departamento de Estado, Jan Psaki, mais uma vez desvendou aos repórteres que os Estados Unidos estão envolvidos em “trabalhos junto à oposição ucraniana” no anelo de garantir que o país continue seguindo “um bom caminho” para a “transição”.

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Think Tanks

O momento em que se renovam as cismas sobre os presumíveis apoios “letais” é a parte interessante da história. O jornal The New York Times cita funcionários de nível superior e antigos funcionários governamentais que passaram a apoiar o envio dos tais equipamentos militares. Entre eles, contam-se o Secretário de Estado, John Kerry, o Comandante do Estado Maior, General Martin Dempsey, o comandante militar da OTAN, general Philip Breedlove, assim como seu antecessor, o almirante James Stravidis. Algumas outras personalidades pertencem ao Instituto Brookings e ao Conselho do Atlântico. Esses think tanks (organizações ou grupos de reflexão e pesquisa que se pretendem independentes, para a confecção e disseminação de ideias sobre temas variados que podem incluir desde economia, política, ciência e até mesmo assuntos militares- NT) recomendaram ao governo dos Estados Unidos, que fornecessem ao regime de Kiev equipamento militar no valor de 3 bilhões de dólares (U$ 3.000.000.000) para os próximos três anos. Isso significa dez vezes mais que o concedido pelo Congresso norte americano, dominado por entusiasmados republicanos.

A Radio Europa Livre, agência de notícias vinculada à CIA, “esclarece” que o debate sobre o incremento de ajuda militar ao regime de Kiev foi “intensificado” porque: “o governo ucraniano (regime de Kiev) sofreu importantes derrotas militares nas últimas semanas, o que tornou cada vez mais claro que o cessar fogo não funciona”.

Isto é, a junta militar apoiada pelo ocidente está perdendo a guerra – apesar de já desfrutar do apoio da OTAN e mesmo tendo supostamente reagrupado suas forças ofensivas após o cessar fogo.

Além disso, o jornal The New York Times acrescenta outro fator aos motivos pelos quais Washington agora quer a escalada da agenda militar, que seja: as sanções econômicas impostas contra a Rússia “não dissuadiram” o governo do presidente Vladimir Putin. Ou como a porta voz do Departamento de Estado, Jan Psaki, afirmou, a Rússia não “mudou seu comportamento”. O significado é o seguinte: a Rússia se recusou a ficar de joelhos e adotar um comportamento servil, confrontando as ambições hegemônicas globais de Washington.

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Obama em reunião com seus "poodles" do G7

Washington e seus servis vassalos europeus começam a perceber que o seu esquema execrável para a mudança de regime na Ucrânia corre o risco de dar em nada. Agora, Washington está tentando salvar seu desastrado gambito para subjugar a Ucrânia e por extensão a Rússia, através da escalada da aposta militar.

Mas Washington não pode, sem riscos, aumentar abertamente seu envolvimento militar por razões políticas adversas tanto nacional quanto internacionalmente. Os Estados Unidos tem que ser muito cuidadosos para não deixar transparecer que já se encontra envolvido militarmente até o pescoço na Ucrânia, da mesma forma que seus parceiros da gang da OTAN.

Assim, Washington prefere retratar a situação como a “defesa” do regime de Kiev, que dirige um país que anela se juntar à União Europeia, que ama a democracia e que está sendo hostilizado pelos insurgentes, os quais por sua vez não passariam de fantoches travando uma guerra de procuração sob inspiração da Rússia.

As mentiras sistemáticas que os Estados Unidos e a OTAN tem despejado durante meses sobre o conflito na Ucrânia se refletem nessa linguagem e raciocínio tortuosos.

A singela verdade é que a OTAN, liderada pelos Estados Unidos, está descaradamente escalando a guerra na Ucrânia e dela participando. Pior: está perdendo a guerra desde seu início. Não é por outra razão que agora Washington tenta realizar todas as acrobacias retóricas na tentativa de enganar a população ocidental em concordar com uma enorme escalada militar de “sua” guerra, sob o pretexto de fornecer “armas letais defensivas”.

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[*] Finian Cunningham nasceu em Belfast, Irlanda do Norte, em 1963. Especialista em política internacional. Autor de artigos para várias publicações e comentarista de mídia. Recentemente foi expulso do Bahrain (em 6/2011) por seu jornalismo crítico no qual destacou as violações dos direitos humanos por parte do regime barahini apoiado pelo Ocidente. É pós-graduado com mestrado em Química Agrícola e trabalhou como editor científico da Royal Society of Chemistry, Cambridge, Inglaterra, antes de seguir carreira no jornalismo. Também é músico e compositor. Por muitos anos, trabalhou como editor e articulista nos meios de comunicação tradicionais, incluindo os jornais Irish Times e The Independent. Atualmente está baseado na África Oriental, onde escreve um livro sobre o Bahrain e a Primavera Árabe.

Fonte:http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/02/a-otan-ja-esta-em-guerra-na-ucrania-e.html?

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AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRES...

sábado, 7 de fevereiro de 2015

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6/2/2015, [*] Pepe Escobar, 19h33 – via Facebook
RUSSIAN AGGRESSION RUSSIAN AGGRESSION RUSSIAN AGGRESSION RUSSIAN AGGRESSION RUSSIAN AGGR...
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

 

Não se sabe grande coisa do tenso encontro em Moscou, entre a Medusa Merkel, o general Hollande e Vlad.

Mas John Kerry, como sempre, já está nas telas mentindo sem parar sobre a viagem da dupla até o Kremlin.

Kerry disse que Putin enviou “algumas poucas ideias” à França e Alemanha, e Merkel/Hollande estariam respondendo. Nonsense.

Merkel/Hollande – em total desespero – correram até Moscou para falar com Putin, porque Putin é quem tem o ÚNICO plano possível para estabilizar a Ucrânia – e já o tem, verdade seja dita, há meses. Sem essa solução, HAVERÁ guerra, que é precisamente o que os “cérebros” do Império do Caos em Washington desejam.

Kerry mentiu deslavadamente quando disse que os EUA quereriam uma solução diplomática. ENTÃO imediatamente voltou à conversa de sempre de “revisar todas as opções”, inclusive a “possibilidade de fornecer sistemas defensivos à Ucrânia”.

Faça isso – e a resposta dos russos será devastadora.

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John Kerry, o MENTIROSO

Não surpreende que a absoluta maioria da União Europeia – exceto os lituanos doidos – oponha-se a fornecer armas aos facínoras de Kiev.

O Süddeutsche Zeitung – jornal muito decente – mostrou um especialista russo em questões militares, Yevgeny Buchinsky, alertando que, se fizerem tal coisa,

(...) a Rússia terá de intervir e, dito sem meias palavras, tomar Kiev. Nesse caso, a OTAN ficará em situação difícil. E rapidamente vocês terão iniciado a IIIª. Guerra Mundial, que ninguém deseja.

Pode parecer um pouco Dr. Fantásticano demais – mas o Süddeutsche Zeitung acertou na mosca ao enfatizar que, se Washington armar os facínoras de Kiev, a Rússia interpretará o movimento como declaração de guerra.

Publicamente a Medusa Merkel diz que é contra. Mas o Chocolateshenko está totalmente histérico:

Não tenho dúvidas de que os EUA e outros parceiros nos ajudarão com armamento letal, para que a Ucrânia consiga defender-se.

Se acontecer, será o inferno na terra. A Rússia agirá. E Império do Caos pôr-se-á a gritar “nova agressão russa”, a imprensa-empresa fará o eco. A escalada será inevitável. E cada um escolha o cavalo que prefira, para apostar.

Como se poderia prever, a imprensa-empresa ocidental já se pôs a gritar que a débâcle inteira teria acontecido por MEDO DO DIABO (de Vlad). Os medos são visivelmente aparentemente rampantes em Bruxelas e em várias capitais europeias (entre os palhaços políticos, claro; NÃO nas ruas).

A retórica é imunda, pior que imunda.

Carl Bildt, ex-ministro de Relações Exteriores da Suécia, disse que a “guerra entre Rússia e o ocidente” já é agora CONCEBÍVEL.

General Hollande falou do risco de “guerra total”, em conversa com jornalistas.

General Sir Richard Shirreff, top bananão britânico, digo, “comandante” da OTAN até março passado, disse que se deve enviar “mensagem forte” a Putin, se A EUROPA CONTINENTAL [orig. MAINLAND EUROPE] (!!!) quiser evitar “guerra total”.

Rasmussen “Fog da Guerra” – a Volta dos Mortos Vivos! – disse que Putin pode expandir o “revisionismo soviético” até a OTAN e a União Europeia. Nos Bálticos, disse que Putin muito apreciaria um pouco de exercício em “guerra híbrida”.

Na 2ª-feira (9/2/2015) haverá mais sanções (pequenas) da União Europeia. As sanções econômicas linha-dura contra bancos e empresas russas só caducam em julho.

Até os burocratas da União Europeia admitem – off the Record – que as sanções são ridículas, sancionando de fato a União Europeia que perde 15% do que exportava para a Rússia. Os britânicos, previsivelmente – as sombras do Grande Jogo nunca morrem – lideram a turma pró-sanções.

Algum idiota que se faz passar por “editor de Europa” do Grauniad (onde será que encontram essa gente? Embebedando-se num pub depois de jogo do Arsenal?) escreveu que:

Putin é visto cada vez mais como jogador desalmado, que blefa e corre riscos, e é inescrutável, paranoico e imprevisível.

Parece coluna pré-redigida por um daqueles picaretas do Departamento de Estado.

E mais e mais conversa do mesmo tipo, na mesma toada: o verdadeiro pesadelo para a Europa não é a Ucrânia, mas Vlad, o Demônio. NINGUÉM tem coragem para criticar o Império do Caos.

E assim voltamos à:

... AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRESSÃO RUSSA AGRES...

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[*] Pepe Escobar (1954) é jornalista, brasileiro, vive em São Paulo, Hong Kong e Paris, mas publica exclusivamente em inglês. Mantém coluna (The Roving Eye) no Asia Times Online; é também analista de política de blogs e sites como: Sputinik, Tom Dispatch, Information Clearing House, Red Voltaire e outros; é correspondente/ articulista das redes Russia Today, The Real News Network Televison e Al-Jazeera. Seus artigos podem ser lidos, traduzidos para o português pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu e João Aroldo, no blog redecastorphoto.

Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/02/agressao-russa-agressao-russa-agressao.html?

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OTAN estacionou 30 mil soldados na fronteira russa

 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Ucrânia: Até onde chegou a expansão da OTAN rumo leste

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Jens Stoltenberg, Secretário Geral da OTAN


6/2/2015, [*] Manlio Dinucci, Il Manifesto, Itália
La Nato mobilita 30mila uomini al confine russo
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Para os ministros de Defesa da OTAN reunidos ontem em Bruxelas, foi “dia cheio”. Depois da reunião bilateral na qual o Ministro de Defesa dos EUA, Chuck Hagel passou instruções ao Secretário-Geral da OTAN, general Jens Stoltenberg, reuniu-se o Grupo de Planejamento Nuclear (a Itália participa desse grupo, o que configure violação do Tratado de Não Proliferação Nuclear). Não se sabe o que decidiram, porque não houve declarações à imprensa. Mas, uma vez que Washington já reiterou que “a OTAN permanecerá como aliança nuclear”, deve-se deduzir que resolveram acelerar a “modernização” das forças nucleares norte-americanas estacionadas na Europa (inclusive na Itália) e apressar o fortalecimento de forças francesas e britânicas.

Na sequência a Comissão OTAN-Geórgia reuniu-se e ofereceu sua avaliação da contribuição que a Geórgia deu a operações no Afeganistão e a “Força-Resposta da OTAN” (encorajamento para a admissão da Geórgia, agora já certa, como membro da OTAN).

Depois desse início tão construtivo, o Conselho da Aliança do Atlântico Norte reuniu-se, com 28 ministros de defesa presentes, para anunciar que a OTAN decidiu reforçar seus contingentes militares para poder executar “toda a gama de missões” e “dar conta dos desafios que chegam de todas as direções”. Referência especial mereceu a Ucrânia, onde “cresce a violência” porque “a Rússia continua a violar padrões internacionais, apoiando os separatistas” e porque “extremismo violento espalha-se pelo Norte da África e Oriente Médio”.

Para tal finalidade, a “Força-Resposta da OTAN” será reforçada, elevando-se o número de soldados, de 13 mil para 30 mil e fixando-se comando e unidades de controle em seis países da Europa Oriental. Ao mesmo tempo, será constituída uma “Força Ataque”, de 5 mil soldados, mobilizável em poucos dias.

A OTAN (e a Itália, dentro dela) está portanto em guerra em dois fronts, no leste e no sul. Como se chegou a esse ponto?

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OTAN estacionou 30 mil soldados na fronteira russa

Depois que a Guerra Fria acabou, os EUA começaram a usar a OTAN para manter sua liderança na Europa Ocidental e ao mesmo tempo conquistar a Europa Oriental. Demoliram a Iugoslávia com uma guerra, em seguida estenderam a OTAN para o leste, tomando todos os países do ex-Pacto de Varsóvia, duas das ex-repúblicas iugoslavas e três repúblicas da extinta URSS. Quando passam a ser parte da OTAN, os países da Europa Oriental passam a depender mais de Washington que de Bruxelas [que da União Europeia].

Mas alguma coisa está atrapalhando o plano de conquista dos EUA: a Rússia adapta-se à crise e estreita crescentes relações econômicas com a União Europeia, passando a fornecer quase todo o gás natural; e abre novas oportunidades comerciais com a China. Isso ameaça interesses estratégicos dos EUA. Nesse preciso ponto eclode a crise na Ucrânia: depois de vários anos de preparação para assumir o controle de posições militares chaves em Kiev, e de treinar grupos neonazistas, a OTAN executa o putsch de Kiev. Assim, força Moscou a sair em defesa dos falantes de russo na Ucrânia e expõe a Rússia às sanções de EUA e União Europeia. E as contrassanções russas, que ferem especialmente a União Europeia, facilitam o plano da parceria transatlântica para comércio e investimentos, mediante a qual Washington busca aumentar a influência dos EUA sobre a União Europeia.

Ao mesmo tempo, a OTAN liderada pelos EUA estende sua estratégia para o Norte da África e Oriente Médio. A demolição da Líbia na guerra, a mesma operação lançada na Síria, o renascer da guerra no Iraque, o uso de formações islamistas “de duplo fio” (apoiadas para derrubar governos alvos da OTAN e, em seguida, usadas como pretexto para justificar outras intervenções armadas) são também parte da estratégia de EUA-OTAN.

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[*] Manlio Dinucci é geógrafo e geopoliticólogo italiano. Últimas publicações:   Geocommunity Ed. Zanichelli 2013; Geografia del ventunesimo secolo, Zanichelli 2010;   Escalation. Anatomia della guerra infinita, Ed. Derive Approdi 2005.

 

Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/02/otan-estacionou-30-mil-soldados-na.html?




Artigo Visto: 1571

 




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