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09/02/2014
Ex-secretário lança livro ignorando ordem do Papa João Paulo II.

Ex-secretário lança livro ignorando ordem do Papa João Paulo II.

08/02/2014

Stanislaw Dziwisz reuniu em obra anotações pessoais do falecido Pontífice. O Papa polonês havia pedido que manuscritos fossem queimados após sua morte

 

O Globo – VARSÓVIA – Quando chegar às livrarias nesta quarta-feira, um livro com as anotações pessoais do falecido Papa João Paulo II vai causar polêmica. Embora o Pontífice tenha pedido a seu assistente e confidente que as anotações fossem queimadas após sua morte, o padre Stanislaw Dziwisz descumpriu as ordens de seu chefe e amigo. E os poloneses estão profundamente divididos sobre a decisão desse ex-secretário do Papa em divulgá-las – contra seu último desejo e seu testamento.

Dziwisz acompanha o Papa João Paulo II durante uma cerimônia, em 2005, na Praça de São Pedro.Foto: Pier Paolo Cito

Dziwisz acompanha o Papa João Paulo II durante uma cerimônia, em 2005, na Praça de São Pedro.Foto: Pier Paolo Cito

Para surpresa de todos, Dziwisz, hoje cardeal, disse que “não havia nenhum valor” em destruir as anotações e as publicou para oferecer aos católicos um janela da vida reservada do reverenciado Papa, prestes a ser declarado santo no próximo mês de abril. A obra “Em grande medida nas mãos de Deus. Notas Pessoais 1962-2003” será lançado na Polônia. Mas até agora as críticas superaram os elogios.

- Que tipo de hiena iria ignorar a última vontade de um homem morto? – escreveu Maksymilian Przybylo na internet.

O livro contém meditações religiosas que Karol Wojtyla recomendou entre julho de 1962 e março de 2003, período em que passou de um bispo da Polônia a Papa superestelar.

A decisão de publicar o livro não viola o princípio da infalibilidade papal [nota do Fratres: SIC!!], que se aplica apenas a questões de doutrina da Igreja. No entanto, muitos ficaram indignados que um assistente de confiança desobedecera a ordem do Papa, sobretudo, em um assunto sagrado como um testamento.

- Um bispo, que deveria nos dar bom exemplo, mostra em vez disso uma falta de subordinação ao seu superior – Anna Romejko, estudante na Universidade Católica de Lublin, também na internet.

Mas há outros exemplos na História de assistentes que desobedeceram as instruções de pessoas famosas para destruir suas obras, como é o caso de Franz Kafka e Vladimir Nabokov.

Dziwisz foi secretário pessoal de João Paulo II e seu assistente mais próximo por 40 anos na Polônia e no Vaticano.

Após a morte do Pontífice, em 2005, aos 84 anos, ele foi ordenado arcebispo de Cracóvia, na Polônia, onde está construindo um museu em memória do Papa polonês. Toda a renda do livro será destinada ao museu.

- Eu não hesitei – Estas notas são tão importantes; dizem muito sobre o lado espiritual, sobre a pessoa, sobre o grande Papa. Seria um crime destruí-las – disse Dziwisz recentemente, lembrando, ainda do desespero de historiadores depois que foram queimadas as cartas do Papa Pio XII.

Respeitado vaticanista, o padre Adão Bonieki escreveu em um semanário católico polonês que, em princípio, se surpreendeu “desagradavelmente” com a decisão de Dziwisz. Mas, mudou de ideia após ler o livro:

- Eu lhe sou grato por ter assumido o risco de seguir sua própria consciência e não ser um formalista minucioso.

 

Fonte:http://fratresinunum.com
 




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