CNBB abre discussão sobre valor do mínimo e defende redução de jornada

Quarta, 30 Abril 2014 16:56

Assembleia Geral dos Bispos do Brasil é realizada no Santuário Nacional de Aparecida (Foto: Edgar Rocha/ TV Vanguarda)

Por  G1 | Para: CBN Foz

Na véspera do Dia do Trabalho, a Igreja Católica abriu nesta quarta-feira (30) uma discussão sobre o atual valor do saláriom mínimo. O debate deste e de outros assuntos sociais acontece em Aparecida (SP) com 350 bispos durante a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - o evento é considerado o maior encontro de lideranças católicas do ano.

Durante nove dias, os bispos vão debater as diretrizes da igreja no país. O tema principal é a renovação da paróquia. O tema já havia sido discutido em 2013, mas não foi publicado no documento final após o encontro.

Esse é o quarto ano consecutivo que a Assembleia Geral é feita em Aparecida - a cidade abriga o maior templo católico do país. Na abertura, o cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno de Assis, abriu o encontro e deu-boas vindas aos participantes.

Durante o dia, a CNBB divulgou a primeira mensagem da assembleia em homenagem ao Dia do Trabalhador. Os bispos chamaram a atenção para o salário mínimo ainda considerado baixo, de R$ 724, e defenderam a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

Os temas que serão discutidos durante o encontro foram levantados pelos bispos em suas próprias comunidades. A Assembleia Geral termina no dia 9 de maio com reuniões, retiros e celebrações.
 

Fonte:http://www.cbnfoz.com.br/editorial/brasil/s%C3%A3o-paulo/30042014-132713-cnbb-abre-discussao-sobre-valor-do-minimo-e-defende-reducao-de-jornada

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COMENTÁRIO ARNALDO HAAS

Mas o que temos aqui, um Sindicato de Bispos? Mas que abominação escrever aí dizendo que eles fazem "retiros e celebrações" nestas reuniões? Para quem mesmo é que rezam? Se rezassem de fato, jamais participariam de uma desgraça destas! Quando tempos atrás mencionei que se tratava de um Sindicato de Bispos e não de uma Assembléia do Clero Santo, muitos acharam ruim, mas querem prova maior? Acaso isso compete aos bispos? Foi isso que Jesus ensinou?

   Certa vez, muito a contragosto, e depois de muita insistência acompanhei nosso Pároco em uma Reunião de certa "pastoral diocesana" - da nossa diocese - porque lhe disse que só iria me incomodar. Lá chegando, percebi que os organizadores estavam incomodados, porque tinham mandado centenas de convites, e havia ali apenas uma dúzia de pessoas, isso quando são 38 as Paróquias. Eles esperavam centenas! Eu nem sabia o assunto que iam tratar!

 

   Sentamos ali, nas cadeiras da frente, e imaginei: agora vão nos pedir para levantar, invocar o Espírito Santo, pelo menos isso! Que nada: o líder apenas impostou-se na nossa frente e lascou: O assunto é o seguinte: Vamos ou não vamos pagar a dívida externa! 

 

   Para mim foi como um raio me fulminasse! Minha vontade foi de sair dali correndo, e se não tivesse que trazer o padre de volta eu teria feito isso mesmo! Ó renomada, estulta, tonta, lorpa, burra e pascásia discussão! Sim, era nos tempos em que o PT negava pagar, aquilo que acabou pagando na totalidade!

 

   Claro que a convocação da CNBB para aquela discussão, visava exatamente NÃO PAGAR a dívida externa! E assim foi por mais de uma hora, aquele pessoal envenenado contra o governo, lançando fúrias aos quatro ventos, contra a dívida externa, e eu sem dizer palavra!

 

   Quando terminou a reunião, uma pessoa do grupo que me conhecia perguntou: mas você que sabe falar tão bem, porque não se manifestou? Eu lhe disse: Não me manifestei, porque se fosse fazer isso, jogaria em vocês um balde de água tão fria que vocês congelariam! Ele ficou completamente desarmado, não sabia o que dizer e mudou de assunto!

 

   Na volta eu disse para nosso padre: Meu bom amigo, ainda que ali fossem 100 pessoas, que fossem mil pessoas, que fossem cem mil pessoas, que fossem um milhão de pessoas reunidas, e que isso se estendesse por todos os estados, não levaria a absolutamente NADA! esta não é a minha Igreja, padre! Vou ser eternamente, enquanto tiver um sopro de vida, inimigo dela! E realmente, a falsa igreja do Brasil, em todos os estados discutiu este assunto e DEU EM NADA. Como tudo o que a CNBB manda fazer. Nada para o Céu, nem para o mundo, como é o caso das malsinadas campanhas da fraternidade. Blá, blá, blá... Velho discurso!

 

   Mudando agora para nosso caso do salário mínimo: Quantos bispos são mesmo? 350? Temos acaso 3.500? Ou 35 milhões deles? Nove dias - haja saco - discutindo sobre os 724 reais do salário mínimo? Mas o que é mesmo que a Igreja de Cristo tem a ver com isso? Onde está nos Evangelhos que Jesus mandou agir desta forma? Acaso Ele não disse: Buscai PRIMEIRO o REINO DE DEUS, o resto vos será dado por acréscimo!

 

   Como eu disse ao moço daquela antiga paródia, a da dívida externa: bom balde de gelo eles merecem! E como falei depois ao nosso padre: Esta Igreja não é minha, e sou inimigo dela! Vou combater isso enquanto tiver um sopro de vida, porque enquanto a humanidade precisa de conversão, de perdão, de reconciliar-se com Deus, nossos luminares ficam discutindo a merreca do salário mínimo. Tô fora! Diminuir jornada de trabalho, ora pois! E qual será a jornada de oração deles? Ah! não rezam? Isso nem precisa dizer!

 

   Mas quanto a mim, quero saber é do meu salário Eterno! Quero saber é dos tesouros para o Céu! Quero saber de minha morada eterna! Quero saber do amar a Deus sobre todas as coisas! O que não quero saber é da "raça de víboras", nem dos "sepulcros caiados", nem daqueles que transformam a "casa de Deus num covil de ladrões". 

 

   Eis o veredicto e a pergunta final: quem vos ensinou a fugir da cólera divina?

 

 

Fonte:http://www.recadosaarao.com.br