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10/07/2018
Cardeal Sarah é o preferido por jovens Norte-americanos

Cardeal Sarah é o preferido por jovens Norte-americanos

10 de julho de 2018

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Por Hermes Rodrigues Nery - FratresInUnum.com 

Tendo passado dez dias nos Estados Unidos (de 1º a 10 de junho), pude conversar com várias lideranças de movimentos conservadores católicos, religiosos e leigos, e o sentimento geral é de insatisfação com as controvérsias do pontificado de Francisco. Todos expressaram que ninguém ousa falar algo, pois retaliações internas seriam imediatas e fulminantes para carreiras eclesiásticas. Em particular, nos disseram como as vozes conservadoras têm sido desestimuladas e não são poucos os casos de perseguição aos que ousam fazer questionamentos em público. “Que revolução quer Francisco?” é uma pergunta que até agora não se sabe muito bem a resposta.

A revolução avança com muito mais força, porque tem apoio de bispos e cardeais em posições chaves. As insatisfações são manifestadas em conversas privadas. O ambiente nos seminários não tem sido tão confortável, pois jovens seminaristas e padres aprendem a ouvir, evitam bater boca, mas, depois, entre si, alguns comentam (com o realismo cristão) que a base do catolicismo está no Catecismo, na Tradição da Igreja, no ensinamento dos doutores da Igreja, na vida dos santos, nas encíclicas papais e no testemunho vivo da história bimilenar da Igreja, e não no proselitismo liberal que querem impor, como se seminaristas e padres não tivessem acesso a informações, especialmente ao rico passado da Igreja.

“Não pensávamos que o passado seria tão importante para nós, vivendo no começo do século 21. A novidade de hoje é a Tradição da Igreja, o seu rico patrimônio no testemunho dos santos”. Em uma das bibliotecas, encontro um jovem padre dedicado ao estudo do grego, da Sagrada Escritura, dos clássicos da literatura católica, dos grandes santos. É esse alimento que buscam para não se deixarem iludir pelo nevoeiro que tomou conta em muitos ambientes. Um deles lembra com que alegria aguardava uma encíclica papal, quando podia ter balizas seguras do ensinamento da Igreja sobre temas atuais, mas isso não ocorreu, por exemplo, com a Laudato Si, nem com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. “Tudo o que não poderia acontecer para um católico era justamente isso: ler um documento do papa e não estar convencido 100% em tudo o que está lá, ter brechas que foram questionadas inclusive por Cardeais, como no caso dos Dubia, cujas indagações não foram respondidas até agora pelo papa”.

É preciso prudência, é o que pedem todos. “Rezemos por Francisco, ele mesmo nos pede orações desde o primeiro instante em que apareceu no balcão da Basílica de São Pedro”. Mas há também problemas práticos, de dia-a-dia, de tensões e apreensões que até então não se esperava, onde não deveria haver receios. Alcoolismo e homossexualismo assombram. Nem todos têm força para suportar provações. Um deles me conta o horror que foi ter lido as memórias do Arcebispo Rembert Weakland, de Milwaukee, que se declarou gay e questionou publicamente o ensinamento da Igreja sobre a homossexualidade. “Nunca pude entender como um sacerdote, elevado a Arcebispo, fizera o que fizera.” E mais: “Em tempos de internet, quando tudo está disponível, agravam-se ainda mais todas as tentações nesse campo”. E ainda: “O fato é que os bispos e cardeais deveriam ser menos ambíguos na exposição do ensinamento da Igreja, e a tibieza de muitos favorece a fraqueza de tantos, com os efeitos terríveis disso”. E lembrou a resposta do papa Francisco, em 2013, “quem sou eu para julgar?”, que trouxe ainda mais dificuldade para muitos no discernimento que se faz necessário, no contexto do relativismo, mesmo agindo às vezes com a tática do morde-assopra, sendo ambíguo aqui, categórico ali.

Tudo isso tem tornado mais difícil para muitos defenderem a moral católica, duramente atacada por todos os lados. Outro ainda me perguntou sobre o Sínodo Pan-Amazônico,  em 2019: “Parece que querem mesmo acabar com o celibato. Será mesmo que isso vai acontecer?”. E outro considera a possibilidade de Bergoglio renunciar. “E então, se Bento XVI ainda estiver vivo, teremos três papas? Espero sinceramente que isso não ocorra”. O fato é que Francisco é uma incógnita, uma interrogação, e não há quem deixe de reconhecer que o seu pontificado é problemático muito mais para os católicos do que para os não crentes. E o mais surpreendente nas conversas com os jovens norte-americanos é que torcem para que o Cardeal Robert Sarah seja eleito o próximo papa.

Fonte:https://fratresinunum.com/2018/07/10/cardeal-sarah-e-o-preferido-por-jovens-norte-americanos/




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