Sinais do Reino


Notícias da Igreja
  • Voltar






25/07/2021
Missa em latim? Não! Missa em eclesialês.

Em outras palavras, para ser católico tradicional, a ovelha vai ter que se adaptar a todas as chatices inúteis inventadas por freiras desocupadas e por padres inquietos, com a desculpa de que precisa caminhar junto com as pastorallll.

Missa em latim? Não! Missa em eclesialês.

25 de julho de 2021

Por FratresInUnum.com

Quanto mais avança a leitura do Motu Proprio de Francisco, mais fica clara a completa inconsistência intrínseca do texto e também a ideia de que é simplesmente impossível obedecê-lo, dada a incoerência interna e o absurdo de suas requisições.

No art. 3 § 4 da versão italiana, que presume-se ser a oficial, dada ter sido a primeira divulgada, ele diz que “o bispo, nas dioceses nas quais até agora existe a presença de um ou mais grupos que celebram segundo o Missal antecedente à reforma de 1970: nomeie, (sic!) um sacerdote que, como delegado do bispo, seja encarregado das celebrações e da cura pastoral de tais grupos de fieis. O sacerdote seja idôneo para tal encargo, seja competente em ordem à utilização do Missale Romanum antecedente à reforma de 1970, tenha um conhecimento da língua latina tal que lhe consinta de compreender plenamente as rubricas e os textos litúrgicos, seja animado por uma viva caridade pastoral, e por um senso de comunhão eclesial. É de fato necessário que o sacerdote encarregado tenha no coração não apenas a digna celebração da liturgia, mas a cura pastoral e espiritual dos fieis”.

A primeira coisa que chama a atenção no texto de Francisco é a insistência em que, para celebrar a Missa tradicional, o sacerdote tenha um conhecimento aprofundado da língua latina… Se o mesmo princípio fosse aplicado para o vernáculo, teríamos que abolir a celebração da Missa oficialmente em quase toda a face da terra, a começar pelo… Papa.

O próprio texto em que ele diz isso contém um erro gramatical primário: ele diz “nomeie”, ou seja, usa um verbo que requer um objeto e, na sequência, coloca uma vírgula, separando sujeito e objeto: “nome, um sacerdote que etc”. Ora, se nem ele sabe escrever em vernáculo, como pode exigir que os outros saibam a gramática latina?

O número de padres que, em suas homilias, são incapazes de fazer uma concordância verbal ou nominal, que não conseguem concluir uma frase com lógica e que cometem os mais grotescos erros de pura e simples regência frasal só não excede ao quase infinito número dos erros filosóficos e teológicos que se multiplicam numa velocidade inversamente proporcional com a das suas inteligências.

Mas o pior é o cinismo de requerer do sacerdote que celebra a Missa tradicional que o mesmo tenha cura pastoral e espiritual dos fieis, enquanto ele mesmo, o Papa, comete um ato de agressão suprema e assimétrica contra estes mesmos fieis, aos quais ele sonega nada mais, nada menos que a simples celebração da Santa Missa e dos sacramentos na forma extraordinária.

É evidente que ele entende por “cura pastoral” a perturbação que um padre modernista deve causar no juízo de um fiel tradicional para demovê-lo de sua adesão a Deus e à “lex credendi” que, em sua mente invertida, é oposta ao Concílio Vaticano II. Então, estes católicos que querem rezar o seu terço, confessar contritamente, comungar com devoção, deverão render-se ao ativismo de assembleias diocesanas, reuniões de pastorais, calendários paroquiais, planos de missionariedade e diocesaneidade, comunidades eclesiais de base, conscientização de rua, enfim, tudo, menos aquilo que qualquer católico quer: adorar a Deus, salvar a sua alma e fazer apostolado, muito apostolado. É isso que Francisco entende por “comunhão eclesial”.

Em outras palavras, para ser católico tradicional, a ovelha vai ter que se adaptar a todas as chatices inúteis inventadas por freiras desocupadas e por padres inquietos, com a desculpa de que “precisa caminhar junto com as pastorallll”. Se brincar, vai ter até crachá e jaleco desbotado, pastoral da acolhida e equipe de liturgia na Missa de Sempre. E é claro: a viola, sempre a viola!

O problema é que este espírito horizontalista da pastoral pós-Conciliar é exatamente oposto ao espírito da pastoral de todos os tempos da Igreja, que sempre esteve preocupada com a celebração dos sacramentos, o ensino da doutrina, dos mandamentos da lei de Deus e da oração, em suma, com a salvação das almas. E é disso que se trata, restringir a Missa de sempre e circunscrevê-la aos limites do ativismo estéril da criatividade dos pastoralistas de plantão.

Se no § 3 Francisco exigiu o vernáculo e no § 4 exigiu o latim, foi unicamente para impor o único idioma: o eclesialês autorreferencial da Igreja pós-Conciliar, este idioma maluco que só entende quem está doutrinado segundo a militância da teologia da libertação.

Fonte:https://fratresinunum.com/2021/07/25/missa-em-latim-nao-missa-em-eclesiales/




Artigo Visto: 269

 




Total Visitas Únicas: 6.305.848
Visitas Únicas Hoje: 102
Usuários Online: 142