Sinais do Reino


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04/06/2020
CNBB, o STF da Igreja no Brasil.

CNBB, o STF da Igreja no Brasil.

04-06-2020

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Por FratresInUnum.com 

É preciso dizer a verdade sem rodeios: a prorrogação desta quarentena eclesial e sacramental rígida é devida aos bispos. Sabemo-lo por conversar com diversas pessoas, as quais nos asseguram que a maior parte dos padres já estaria disposta a retornar aos poucos à normalidade, com todos os cuidados higiênicos, sem aglomerações de nenhum tipo. Mas são os bispos que determinam a proibição absoluta de que se distribua comunhões, absolvições. Enfim, que se distribua a graça pelos sacramentos.

O argumento que utilizam é sempre o mesmo: “o cuidado à vida”. Ora, mas esta desculpa já não faz nenhum sentido, a não ser para pessoas que vivem completamente alienadas da realidade.

Os bispos, encastelados em seus palácios, amedrontados por causa da sua idade, amotinados por determinações dos grupos de pressão internos da CNBB, não percebem o mundo real, não sabem que as pessoas não podem viver como eles: uma elite econômica, ricamente protegidos, contando apenas quanto dinheiro cai nas contas das cúrias, enviados pelas paróquias com as quais os pobres procuram continuar contribuindo.

As pessoas normais não podem ficar trancadas, estão indo, não por capricho, mas por necessidade, aos supermercados e farmácias; estão trabalhando em seus empregos (aqueles que os já não perderam); estão enfrentando transportes públicos; estão indo a feiras e procurando sobreviver. É simplesmente incompreensível para os fieis que não seja possível organizar algum modo seguro para a atenção sacramental!

O problema dos nossos hierarcas é o mesmo dos burocratas políticos. No Brasil, o STF é o maior exemplo deste irrealismo. Hoje, os juízes atraíram sobre si o odium plebis porque estão profundamente deslumbrados com o seu próprio corporativismo, com os cortesãos bajuladores, com a própria sensação de importância. Mas, na sociedade, de fato, estão chamando para si o rechaço, a raiva, a revolta. Ninguém suporta estar sob a mais terrível das ditaduras, que é justamente a ditadura inapelável, a ditadura judiciária.

Do mesmo modo, o povo fiel não suporta a sensação de impotência diante da recusa hermética dos bispos, de uma recusa baseada em uma presunção insensata: para salvar a saúde, pode-se tomar medidas cautelares, como fazem hospitais, laboratórios, comércios e muitos outros ambientes. O lockdown eclesial não tem justificativa na própria realidade da pandemia, é uma medida exagerada e não pedida pelos governantes (os quais impediram apenas a aglomeração).

Os padres obedecem aos bispos e continuam com a sua rotina internética, e os bispos se protegem a si mesmos, trancados em seus casarões; mas a paciência leiga está acabando e a desmoralização pública destes senhores está apenas no princípio. Com um fechamento de quatro meses, a ser encerrado, ao menos em São Paulo, apenas em finais de julho, a inconformidade tende a aumentar exponencialmente, visto que as pessoas se sentem penalizadas sem terem feito nada de errado.

É uma lástima que nossos bispos caminhem para o mesmo fim dos ministros do STF: não poder caminhar pelas ruas sem atrair a insatisfação do povo.

Fonte:https://fratresinunum.com/2020/06/04/cnbb-o-stf-da-igreja-no-brasil/




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