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23/06/2016
Espiritismo inoculou no meio cristão o naturalismo maçônico por meio de práticas da metapsíquica experimental.

Espiritismo inoculou no meio cristão o naturalismo maçônico por meio de práticas da metapsíquica experimental.

Advento do Espiritismo/Espiritualismo historicamente pavimentou generalizado reavivamento do gnosticismo e do panteísmo com a consequente indução ao renascimento do paganismo, já secretamente cultuado nas Lojas e nos meios ocultistas, sendo amplamente dinamizado pela união de seitas e sociedades secretas catalisadas pela Sociedade Teosófica e seitas dela desdobradas

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O maçom 33º grau, Léon Denis, 1846 – 1927. Discípulo e sucessor do também maçom Allan Kardec, codificador do Espiritismo Loge Maçonnique “Les Demophiles”

Sensus fidei:

Há mais de um século e meio, tanto o Espiritismo quanto o Espiritualismo têm suscitado forte influência no meio cristão. É necessário, portanto, lançar um olhar reflexivo sobre um movimento, inicialmente discreto, mas que rapidamente ganhou notoriedade na América, na França, e, posteriormente, Europa e em todo o mundo, a partir de meados do século XIX. Refiro-me ao Espiritualismo e ao seu irmão gêmeo, o Espiritismo.

Em todas as suas muitas variantes, configura-se como uma das mais perigosas e nocivas correntes gnósticas e inoculadoras do naturalismo maçônico — mas despojado de sua ritualística e de seus simbolismos subjetivos — prometendo emancipação espiritual através da mesma “luz da razão” cultuada nas Lojas. Essa contraditória doutrina surge em 1858, com o lançamento de O Livro dos Espíritos. Autoproclamando-se cristão e apresentando sua própria “chave de interpretação” do Cristianismo, o Espiritismo sutilmente inocula em seus adeptos o mesmo Naturalismo relativista maçônico iluminado, adornando-o com um pseudo conceito de sobrenatural: mediunidade, magnetismo, fluidos, visualizações, energias, etc, enfim, toda a fenomenologia psicológica e psíquica diretamente absorvida do universo metafísico e metapsíquica experimental da Maçonaria especulativa. Suas práticas e doutrinas empurram fatalmente seus adeptos — como outrora empurrou a mim mesmo, quando afastado da Igreja de Cristo eu gastava minha juventude no árido e enganador submundo das seitas — a rechaçar, um a um, todos os dogmas cristãos, substituindo-os sub-repticiamente pelas pesquisas psíquicas e a consequente sistematização de suas teorias. A partir daí toda a doutrina do Espiritismo resume-se num interminável sofismar sobre a Lei Divina, revelada nas Escrituras, reinterpretando-a sob os postulados maçônicos da moralidade humana calcada nos irrestritos conceitos de “liberdade, igualdade e fraternidade”, “evolução” e “progresso”.

A partir dessa errônea premissa, a Palavra de Deus é revista e condicionada aos falsos e ilimitados conceitos do “igualitarismo”, do “ecumenismo”, da “tolerância” e de uma distorcida concepção de “caridade” que, sem que seus adeptos deem conta, na aplicação da sua práxis, não vai além de mera filantropia humanista de viés claramente socialista comunizante.

“Luz da razão” avessa à luz da Revelação divina

A pretexto de optar apenas pelo ensino moral do Evangelho e rejeitando “os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja”,[1] todos os pontos fundamentais da revelação cristã são relativizados ou totalmente descartados a bel-prazer pelo codificador do Espiritismo e seus colaboradores, estabelecendo, paradoxalmente, sua “terceira revelação” em permanente estado de contradição com as duas revelações anteriores do Antigo e do Novo Testamento. Assim, todos os atributos redentores correspondentes à pessoa divina e humana de Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como suas grandes ações sobrenaturais, são relativizadas, contestadas ou rechaçadas: a sobre-humana pureza virginal de sua concepção, suas extraordinárias curas e seus milagres, a simplicidade de sua clareza doutrinal a respeito da vida eterna e do destino do homem face a justiça e a misericórdia de Deus, sua gloriosa Ressurreição, suas promessas, etc, etc… tudo será relativizado pela “luz da razão” humana que, por sua natureza decaída e limitada, é avessa à luz da Revelação divina.

Um exemplo claro é a refutação das “penas eternas” (Jo 5,29; Mt 25,41,46; Jo 3,36; 5,24; Ap 2,11.20,6.20,14.21,8, etc), ensino enfatizado pelo próprio Cristo ao se referir ao destino final daqueles que, sem arrependimento, rejeitam o Criador e Suas leis eternas. Kardec repudia radicalmente este fundamental e decisivo ensino de Cristo simplesmente porque ele contraria a “lei do progresso”, conforme humana e subjetivamente sofisma a Maçonaria (cf. A. Kardec, O Céu e o Inferno, l0ª ed., p. 63.). O mesmo se aplica à compreensão de “justiça” e “sofrimento”, uma vez que o conceito maçônico de “igualdade” é ilimitado, qualquer tipo de “diferença” ou “desigualdade” é intolerável e inexoravelmente entendido como “injustiça” ou “sofrimento”. Ora, sendo nossa condição decaída após a queda e, como consequência, nosso mundo permeado pelo sofrimento e a injustiça, resultantes da humana insurreição a Deus, o dogma da reencarnação “justificaria” o conceito maçônico da “igualdade” irrestrita como um “direito” inerente da criatura. Deus seria “injusto” ao permitir diferentes graus e tipos de sofrimentos nos distintos destinos dos seres. Essa interpretação equivocada de “justiça” e “sofrimento” é a mesma que inflama a luta pelo ideal revolucionário cujo objetivo é sempre impor a práxis de seu igualitarismo anárquico e hostil a toda autoridade visando uma “sociedade sem classes”, conforme ideologizado nas Lojas e propugnado politicamente na sociedade tanto pelo comunismo/socialismo quanto pelo naturalismo/liberalismo.

De mãos dadas com a Franco-Maçonaria

É relevante ressaltar que o codificador do Espiritismo Hippolyte Léon Denizard Rivail — cujo pseudônimo Allan Kardec remonta ao paganismo druida — foi iniciado na Grande Loja Escocesa de Paris.[2] Não consta que Kardec tenha permanecido maçom. Mas, também não há registros concludentes de que tenha deixado a Maçonaria. No entanto, Léon Denis, sucessor de Kardec, foi ativo membro e 33º grau da Franco-Maçonaria (recebendo sua iniciação maçônica na Les Démophiles, Grand Orient de France Tours, rito do Grande Oriente) amigo íntimo e colaborador do mago e ocultista cabalista Dr. Encausse, mais conhecido como Papus e que pertencia ao grupo de ocultistas ligado a Stanislas de Guaïta, Saint-Yves d’Alveydre, Oswald Wirth, Sociedade Teosófica e o Templo da Golden Dawn Ahathoor de Paris. Sob inspiração de seus “espíritos-guia”, foi entusiasta das doutrinas do paganismo druida e promotor do dogma da reencarnação. Converteu-se ao Espiritismo aos 18 anos e com 23 foi iniciado na Maçonaria. Apesar da grande atividade de propagação do Espiritismo que desenvolveu a partir de 1880, nunca se desligou da Ordem Maçônica até o fim de sua vida, destacando-se como entusiasta e propagador das ideologias socialistas laicistas liberais e sempre demonstrando grande respeito e admiração pela Loja Les Démophiles.[3] O Espiritismo, apresentando-se como cristão e com a pretensão de ser o atualizador do Cristianismo, em certas mensagens seus “espíritos superiores” fazem coro aberto aos “adeptos” opositores de Cristo. É o que podemos comprovar no trecho da seguinte comunicação mediúnica, recebida na noite de 25 de fevereiro de 1864 (entre outras comunicações sobre o mesmo tema ocorridas naquela noite), na Sociedade Espírita de Paris, grupo dirigido por Kardec, ditada pelo suposto espírito de Jacques de Molay, através da psicografia da médium Srta. Bréguet:

    “No século dezenove o Espiritismo vem, com seu facho luminoso, dar a mão aos comendadores, aos rosacruzes e com voz trovejante lhes diz: Vamos, meus irmãos; eu sou verdadeiramente a voz que se faz ouvir no Oriente e a qual o Ocidente responde: Glória, honra, vitória aos filhos dos homens! Ainda alguns dias, e o Espiritismo terá transposto o muro que separa a maioria da parede do templo dos segredos; e, nesse dia, a sociedade verá florescer no seu seio a mais bela flor espírita que, deixando suas pétalas caírem, dará uma semente regeneradora da verdadeira liberdade. O Espiritismo fez progressos, mas no dia em que tiver dado a mão a Franco-Maçonaria, todas as dificuldades estarão vencidas, todo obstáculo retirado, a verdade estará esclarecida e o maior progresso moral será realizado e terá transposto os primeiros degraus do trono, onde em breve deverá reinar”. [Kardec, Allan. Revista Espírita, abril de 1864.]

Entenda-se que “todas as dificuldades vencidas e todo obstáculo retirado” significam a ordem construída pela Civilização Cristã, que deve ser destruída para o advento do novo reino neopagão maçônico gnóstico-panteísta coletivista da Nova Ordem Mundial.

Espiritualismo/Espiritismo popularizou a necromancia e o mediunismo

Rastreando conexões e colaboradores ligados ao grupo de Kardec e associações maçônicas é bem fácil reconhecer ter sido a seita dos franco-maçons que empreendeu secretamente a difusão do Espiritismo na França. Aliás, em seu universo especulativo, em alguns de seus ritos, graus e conhecidas práticas e experimentações de certos líderes maçons, constata-se que o interesse da Maçonaria nas evocações de espíritos remonta ao século XVIII. Isso se comprova claramente em Martinez de Pasqualis e Willermoz. Ora, tanto o judeu Martinez de Pasqualis (1727? — 1774, teurgo, teósofo de origem incerta e fundador da l’Ordre de Chevaliers Maçons Elus Coens de l’Univers — comumente referido como o “Elus Cohens” em 1761, considerado o criador do Martinismo) como Jean Baptiste Willermoz (1730 — 1824, maçom francês e martinista que desempenhou papel importante no estabelecimento de vários sistemas de altos graus maçônicos em seu tempo, tanto na França como na Alemanha) foram famosos mestres conhecidos da chamada Magia Cerimonial. Segundo contemporâneos seus, em qualquer lugar e sem preparação prévia, traçavam o círculo e invocavam entidades às quais podiam ser vistas pelos presentes. Hoje constatamos que a função do Espiritualismo/Espiritismo foi popularizar a necromancia — veementemente condenada pela Revelação Divina — antes praticada exclusivamente nos cultos tribais animistas pagãos ou na penumbra dos templos de mistérios, associações, dinastias, grupos e sociedades ocultistas cabalistas.

Com o advento do Espiritismo e de seu par o Espiritualismo, inicia-se historicamente um generalizado reavivamento do gnosticismo e do panteísmo com a consequente indução ao renascimento do paganismo já secretamente cultuado nas Lojas e nos meios ocultistas, que seguirá, dinamizado amplamente pela união de seitas e sociedades secretas catalisadas pela Sociedade Teosófica, de Blavatsky. O mundo será rapidamente tomado por uma maciça difusão de práticas da então denominada “espiritualidade planetária”, ou “movimento nova era”: orientalismo, cabalismo, druidismo, mentalismo, sufismo, metapsiquismo, psicodelismo, etc, etc, enfim, práticas e heresias que oferecem a falsa premissa de “desenvolver e libertar as faculdades espirituais dormentes no homem”, mas que, na verdade, vulnerabilizam as defesas psico-espirituais de seus praticantes, afastando-os da amorosa companhia de Nosso Senhor Jesus Cristo, de seu Evangelho e dos recursos salvíficos outorgados pelo próprio Senhor por meio de Sua Igreja. A partir daí seus adeptos estarão preparados para o objetivo final dos “iluminados”: aceitar deliberadamente o “senhor do mundo”, o novo “avatar” para a “nova humanidade”.

O declínio da Civilização Cristã marca o início da ascensão do reino do anticristo — ou a implementação da impostura da Nova Ordem Mundial.

Notas

[1]   Cf. Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. p. 17. Federação Espírita Brasileira. 131.ª edição.

[2]   Cf. Pietre Stones Review of Freemasonry. Cronologia maçônica, 2;ª parte desde 1717 até 1812. Ven. Irmão Ethiel Omar Cartes González. Loja Guatimozín 66. Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo. http : / / www . freemasons – freemasonry . com / cronologia _ ma % C 3 % A7 onica _ parte 2 . html

[3]   Cf. em www.lesdemophiles.com , http://www.lesdemophiles.com/spip.php?page=diapomusee&id_article=285#pagination_docs

Fonte:http://www.sensusfidei.com.br/2016/06/23/espiritismo-inoculou-no-meio-cristao-o-naturalismo-maconico-por-meio-de-praticas-da-metapsiquica-experimental/




Artigo Visto: 1918

 




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