Lutero e as consequências do Cisma Protestante na Igreja

Por seu interesse e proximidade na data de 31 de outubro, quando 500 anos de reforma são cumpridos, temos visto ser interessante reproduzir este breve estudo baseado em uma obra da escritora uruguaia Maria de Los Ángeles Pizzorno.

Reproduzido com permissão de Encontros Eucarísticas Marianos

Introdução

"Se completam os 500 anos da Reforma Protestante de Martinho Lutero."

Mas a forte tendência para o ecumenismo não pode nos fazer esquecer que "esses ventos trouxeram essas tempestades."

Os escândalos provocados por ele fez metade da cristandade segui-lo em seu cisma. E trouxe feridas incuráveis... tornaram-se antagônicas, crescendo em intensidade nos séculos seguintes, com guerras e muitas mortes. Até que gradualmente foram se apagando os incêndios... No século XX, as abordagens denominadas "ecumênicas" foram timidamente iniciadas. Mas deve ser lembrado que Lutero não era ecumênico, como o Cardeal Kasper admite em seu recente livro Martin Luther. Uma perspectiva ecumênica.

Uma das coisas mais destrutivas que deixou para seus "filhos" foi a erosão do vínculo entre a fé e a pertença a uma igreja cristã. Seguindo o exemplo de Lutero e também de Calvino, alguns cristãos não-católicos deixaram de acreditar que pertencer a qualquer igreja é necessário para a salvação. Muitos nem sequer acreditam que frequentar o culto da igreja com qualquer tipo de regularidade é necessário; é bom e correto, mas não é necessário.

E isso porque eles acreditam que somente a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é necessária para a salvação. Por esse motivo e pelo que vamos ver, o cardeal Muller disse um ano antes que "não há nada para comemorar na Reforma Protestante".

Comecemos por nos perguntar quem foi Lutero?

Biografia de Lutero

De acordo com seus historiadores, Martin Luder, mais tarde auto-denominado Lutero, nasceu em um lar de crentes, mas muito severo. Ele sofria da parte de seu pai, e ocasionalmente de sua mãe, castigo físico que o fazia fugir de sua casa paterna e se refugiar em uma igreja.

Sua entrada na vida religiosa não parece ter sido o resultado de uma vocação esclarecida, mas a conseqüência de uma série de circunstâncias que finalmente o empurraram contra a vontade de seus pais. Há uma lenda que diz que um dia, ao visitar a casa de seus pais, foi surpreendido por uma tempestade e um raio caiu ao lado dele apavorado-o, então ele gritou: "Ajuda Santa Ana, eu me tornarei um monge!"

Monge em um convento de Agostinho e depois padre

Frade Agostiniano aos 22 anos, estudou para sacerdote sob o conselho de seu Superior, que o viu entrar em um mundo espiritual de escrúpulos excessivos, que perturbou sua vida e que ele queria resolver com jejuns e penitências exageradas.

Ele foi ordenado em 1507. Desde então cresceu em sua carreira como teólogo e professor de teologia, além de ser chamado de Doutor em Bíblia e Vigário de sua ordem, com onze monastérios sob sua custódia.

Não haveria razão para duvidar que até então a carreira monástica de Lutero era exemplar, calmo e feliz: seu coração em repouso, sua mente Serena e sua alma em paz. No entanto, o excesso de trabalho e estudo, logo fez presa de seu físico, restringindo sua temperança e perturbando sua alma com escrúpulos que o deixou exausto.

Tendo conduzido um curso sobre ética aristotélica, em 1509 Lutero obteve o título Baccalaureus Biblicus, que lhe concedeu o direito de praticar a exegese bíblica em público.

Como jovem professor na recém-criada Universidade de Wittenberg, Lutero logo apresentaria sinais de intemperança e audácia em suas manifestações, e novamente sentiu-se pressionado em sua privacidade por graves escrúpulos de consciência e tentações devastadoras.

Ao vê-lo muito desconfortável, um velho frade agostiniano lhe recomendou a consoladora leitura de São Paulo, em cujo estudo ele ansiosamente procurou deduzir dele as primeiras sementes de sua dissensão dramática com a ortodoxia religiosa.

Foi na Epístola dos Romanos de São Paulo que Lutero encontrou respostas à sua angústia sobre a salvação, entendendo que o homem encontra sua justificativa na graça de Deus, generosamente concedida pelo Criador independentemente de suas próprias obras.

É paradoxal que foi nessa pequena idéia tranquilizadora que só a fé e não os méritos salvam onde Martinho Lutero encontrou a paz que buscou ansiosamente, e a certeza espiritual que o levou a um confronto irredutível com o Vaticano e encontrou o Nova doutrina protestante.

Os seus ensinamentos logo atraíram a atenção. Ele também começou a pregar. Sua eloquência arrastava multidões e teve a condição de ser o primeiro pregador da época.

" Não tinha grande voz", dizia um de seus ouvintes, "mas sua voz era boa e pura tanto no canto como na palavra"

O princípio do fim: a venda de indulgências

Ciente, por causa de uma viagem sua para Roma (que ele nunca mencionou em qualquer escrita), da frivolidade e leviandade dos costumes da hierarquia Católica e do clero, Lutero começou a criticar a situação em que a Igreja Católica foi encontrada.

E começou a censurar também que as Bulas eclesiásticas (documentos que, teoricamente, concedem indulgências aos crentes pelos pecados cometidos) foram objeto de um tráfego puramente mercantil. Seus protestos estavam aumentando em Tom sobre a campanha para venda de Bulas eclesiásticas, a fim de angariar fundos.

Ele então decidiu tornar público o seu protesto, escrevendo suas famosas 95 teses, que ele apunhalou na porta da Igreja de todos os Santos de Wittenberg (1517). Em breve, elas seriam impressas sob o título "Questionando o poder e a eficácia das indulgências".

Devemos considerar que houve muitas ocasiões de descontentamento com os bispos e mesmo com o Sumo Pontífice em serviço na igreja. Apenas lembre-se da época de Arrio. Mas devemos também ter em mente que o Espírito Santo cuidava da permanência, da doutrina e do Magistério da igreja. É por ocasião de uma dessas imperfeições, ou erros, ou pecados de um Sumo Pontífice, que entrou em ação este monge Agostinho cuja cruzada foi alargada como uma bola de neve, até acabar no cisma.

O Papa Leão X precisava obter o dinheiro para terminar a Basílica de São Pedro, e para esse fim exortou os fiéis a contribuir para as obras. Uma das maneiras de conseguir era entregar algo em troca. A escolha caiu nas indulgências que, para esse fim, foram oferecidas, vendidas e compradas.

Os católicos sabem que as indulgências são dons que o Pontífice Supremo concede, através de certas orações ou atos devocional, e que em caso de morte na graça de Deus, eles encurtam sua passagem pelo purgatório. Eles também se aplicam às almas purgante.

Não se pode pensar que uma indulgência comprada com dinheiro pode ter o efeito de libertar-se dos pecados. No entanto, aqueles que as compraram sem os merecerem, acreditavam firmemente que estavam adquirindo seu terreno no Céu sem mudar sua vida pecaminosa por outra fielmente e sinceramente devota. Este foi, é claro, um escândalo moral que deveria romper-se por algum lado. 

Uma bola de neve

Lutero começou com boa intenção denunciando esses abusos de poder da Hierarquia. Abusos que eram reais e verdadeiros no comércio de bens espirituais. Isso é chamado de Simonia e já foi rejeitado e punido pelos primeiros apóstolos, quando Simão, o Mágico, ofereceu dinheiro a Pedro, em troca de fazer milagres, como lemos em Atos 8,9.

O Papa rejeitou as críticas de Lutero, que se tornou feroz até que ele escreveu suas famosas 95 teses, que foi pregada na porta de uma capela em Wittenberg, na Alemanha. Embora fosse exigido a sua retratação, ele não o fez, e finalmente o papa o excomungou. Foi como abrir uma comporta que detinha uma catarata.

A partir desse momento, Lutero foi libertado de sua fidelidade à Igreja Católica, estava conformando uma doutrina de acordo com seus desejos, que foi finalmente a teologia da Reforma Protestante. De acordo com os testemunhos escritos de estudiosos e as frases do próprio Lutero, podemos ver desenhar sua corrida louca para um confronto total.

A devoção primeira a Maria Santíssima

Lutero deixou escritos de sua primeira época, que falam de sua devoção absoluta à Virgem Maria, cujo comprimento excede esse trabalho. De qualquer forma, nos lembraremos de alguns deles, pela glória e honra de Maria Santíssima e que seus filhos posteriores desconhecem. 

Sermão de Natal de 1522: "é conforto e bondade abundante de Deus que o homem pode exultar em semelhante tesouro: Maria é sua verdadeira Mãe." Se Ele é nosso, devemos estar em Seu lugar; Uma vez que onde Ele está, devemos estar também nós e tudo o que Ele tem deve ser nosso, e Sua Mãe também é nossa Mãe.

Sermão de Natal em 1529: "Maria é a Mãe de Jesus e a Mãe de todos nós, embora fosse apenas Cristo que repousou em Seu colo..."

Sermão de Natal de 1531: "(Ela é) a Mulher mais exaltada e a jóia mais nobre da Cristandade." Depois de Cristo... Ela é a nobreza, a sabedoria e a santidade personificadas. Nós nunca seremos capazes de honrá-la o suficiente; "mesmo quando essa honra e louvor deva ser dado de uma forma que não falte a Cristo nem as Escrituras."

Na festa de visitação 1537: "nenhuma Mulher é como você." "você é mais do que Eva ou Sarah, abençoada acima de toda nobreza, sabedoria e santidade."

É difícil para nós acreditar que alguém tão imbuído da condição especial de Maria na história da salvação tenha terminado tão longe dela e da Igreja de Seu Divino Filho.

Orgulho foi acumulando erros

Desvinculado da obediência a Roma, Martinho Lutero tomou a reforma dos setores eclesiásticos que o seguiram e que constituiu a primeira igreja protestante, à qual ele dotou uma base teológica (pessoal).

[Rejeitando a Tradição e o Magistério da Igreja, ele procurou confiar em movimentos heréticos anteriores, dos quais ele tirou muitos dos seus erros: o Lolards ou o Wicliffism na Inglaterra, fundado por John Wyclif (1320-1384). Estes chegaram a 12 conclusões sobre as portas do Palácio do Salão de Westminster; no quarto eles afirmam que a Bíblia não diz que o pão da Eucaristia se torna Cristo; Ou seja, eles não acreditavam na transubstanciação; rejeitou o celibato compulsivo, ... Os hussitas (fundados pelo tcheco John Huss (1370-1415) que se inspiraram nos Lolards, ...]

O luteranismo é baseado na interpretação de Lutero de alguns escritos de São Paulo e Santo Agostinho; especialmente que o homem só pode ser salvo pela sua fé e pela graça de Deus, sem que sejam necessárias boas obras para alcançar a salvação da alma.

Suas teorias sobre a obrigação de obediência à autoridade civil, agradaram aos príncipes alemães. Apoiaram-no e adotaram alegremente a sua teoria de que os ativos temporais da Igreja em cada país deveriam ser das autoridades daquele país.

A partir desse momento, Lutero comprometeu-se contra os dogmas da Igreja Católica, encarnizando-se contra o Papado, contra a validade e a utilidade das indulgências, contra a crença no Purgatório, e assim por diante.

Ele também defendeu a doutrina do "sacerdócio universal", que implicava uma relação pessoal direta entre o indivíduo e Deus, no qual o papel mediador da Igreja desapareceu, privando a Igreja de sua justificativa tradicional.

Na Sagrada Escritura, a interpretação não tinha que ser um monopólio exclusivo do clero, mas qualquer crente poderia ler livremente e examinar a Bíblia. Isso, portanto, deveria ser traduzido para línguas que todos os crentes podiam entender. O próprio Lutero traduziu-a para o alemão.

[Como aquele "exame livre" e outras manifestações deste herege são condenados na Bíblia, Lutero rejeita os livros sagrados que o aborrecem mais: as Epístolas de Tiago, S. Judas, o 2º de S. Pedro, 2º e 3º de S. João, Hebreus; ele ri do Eclesiastes e diz que Jó é um Fábula "(19).]

Dos Sacramentos Católicos, ele considerou apenas válido ... Batismo e Eucaristia. A teoria dos três "Solas" é amplamente conhecida: Sola Fide, Sola Scriptura, Sola Gratia; isto é, apenas a fé, sem necessidade de boas obras; apenas as Escrituras, dispensando a Tradição Apostólica (da qual a Igreja Católica guarda com um zelo) e somente a Graça, que é dada por Deus a quem deseja conferir.

No que diz respeito à Eucaristia, Lutero negou o "transubstanciação", mas aceitou a "consubstanciação"; Ou seja, que Cristo estava presente no pão e no vinho, apesar de não terem modificado sua essência.

[Heresia do século XI, defendida por Berengarius de Tours e condenada em numerosos conselhos. Ele sustenta que, na Eucaristia, as substâncias do corpo e do sangue de Cristo coexistem com as do pão e do vinho.]

Lutero através de suas frases ridículas

[Ridículo para a autora deste trabalho; blasfemas na realidade, não é próprio de um louco, mas de uma mente luciferiana]

Sobre Deus

-"Eu vejo que Deus não é melhor do que um canalha" (2)

- "Cristo cometeu adultério em primeiro lugar com a mulher no poço (a mulher samaritana) de quem São João nos fala. Os seus seguidores não se perguntavam: "O que você tem feito com ela?"

Em segundo lugar, ele fez isso com Maria Madalena. E em terceiro lugar com as mulheres descobertas em adultério a quem ele soltou tão levemente. Além disso, Cristo, que era tão virtuoso, deve ter sido culpado de prostituição antes da sua morte "(3)

- "O homem é como um cavalo. Deus salta para a sela? O cavalo é obediente e acomoda todos os movimentos do cavaleiro e vai para onde ele quer. Deus joga as rédeas? Então Satanás salta sobre as costas do animal, que se dobra e se submete as esporas e caprichos de seu novo cavaleiro ... Portanto, é necessidade, não livre arbítrio, o princípio orientador do nosso comportamento.

- Deus é o autor do que é mau e do que é bom, e assim, como ele concede felicidade àqueles que não o merecem, também amaldiçoa os outros que não merecem seu destino "(4).

- "Tenho mais confiança em minha esposa e meus alunos do que em Cristo" (5).

- "Não importa a atitude de Cristo, o que ele ensinou é tudo o que importa" (6)

Lutero queimou a Bula "Exurge Domine" do Papa Leão X no qual ele pediu-lhe para retratar seus erros.

Sobre os Dez Mandamentos

- "O único propósito dos Dez Mandamentos é mostrar ao homem sua impotência para fazer o bem e ensinar desespero para si mesmo" (7)

- "Devemos tirar o Decálogo fora da vista e do coração" (8)

- "Se permitimos - aos Mandamentos - qualquer influência sobre a nossa consciência, eles se tornarão a capa de todos os males, heresias e blasfêmias" (9).

- "É mais importante proteger-se contra as boas obras do que contra o pecado" (10)

Sobre a necessidade das boas obras

"Boas ações são ruins e são pecado como o resto" (11)

- "Não há um escândalo maior, mais perigoso, mais venenoso do que uma boa vida exterior manifestada por boas obras e um modo de vida piedoso. Esse é o portal excelente, a estrada que leva à condenação ". (12)

Sobre a importancia do livre arbítrio

- "Com respeito a Deus, e em tudo o que tem relação com a salvação ou a condenação, o homem não possui" livre arbítrio ", mas é prisioneiro, cativo, escravo, seja da vontade de Deus, ou da vontade de Satanás "(13).

- "A vontade de Judas foi obra de Deus; Deus com seu poder onipotente mudou sua vontade como faz com tudo o que existe neste mundo "(14).

-"Nenhum bom trabalho vem como resultado da própria sabedoria;" Mas tudo deve acontecer em um estado de estupor... (em que) a razão deve ser deixada de lado porque é a inimiga da fé. (15).

Sobre a vida Cristã

"Seja um pecador, e permita que seus pecados sejam fortes, mas deixe sua confiança em Cristo ser mais forte, e você se alegrará em Cristo, que é o vencedor sobre o pecado, a morte e o mundo."

- "Nós cometemos pecados enquanto estivermos aqui, porque esta vida não é um lugar onde a justiça reside: devemos cometer pecado. Para ti deveria ser suficiente reconhecer o Cordeiro que tira os pecados do mundo ".

- "Nenhum pecado pode nos separar dele, mesmo que tenhamos que matar ou adulterar milhares de vezes todos os dias". (16) '

- "Não exijam nada da sua consciência; e se ela fala com você, não a escute, se ela insistir sufoca-a, se divirta, se necessário, cometa qualquer bem grande pecado, para descartá-la ".

- "A consciência é a voz de Satanás, e é sempre necessário fazer exatamente o contrário do que Satanás quer". (17)

Sobre a Santa Missa

- "Afirmo que todos os bordéis, assassinatos, assaltos, crimes, adultérios são menos perversos do que essa abominação da Missa Papista".

– "Aquele Cânon abominável é uma confluência de água lamacenta, que fez da Missa um sacrifício." A missa não é um sacrifício. Não é o ato de um padre que se sacrifica. "juntamente com o cânone, jogamos fora tudo o que implica uma oblação."

"Quando a Missa for destruída, acho que teremos destruído o Papado

"Eu acredito que é na Missa, como em uma rocha, onde o papado repousa inteiramente, e tudo será desmoronado pela necessidade quando sua sacrílega e abominável Missa desmoronar." 18)

Sobre o Papa

-Em um panfleto de março de 1545 titulado “Contra o pontificado romano fundado pelo diabo”, chama o Papa “infernalísimo”.

- Após as sangrentas perseguições de Henrique VIII contra os católicos ingleses, Lutero escreve para Melanchthon: "É lícito irritar-se quando você sabe que tipo de traidores, ladrões e assassinos são os Papas, seus cardeais e legados. Agradaria a Deus que vários reis da Inglaterra se esforçassem por destruí-los ". E ele nos convida a "agarrar" o Papa aos cardeais e a toda a gangue da Sodoma Romana e lavar as mãos com o sangue deles "(20).

Lutero falou. Com 500 anos de sua façanha, suas frases continuam a ressoar em nossa alma e causam a mesma dor que então.

O suicídio de Lutero

"As biografias atuais do Lutero são mais do que adoçadas." Elas mal se referem aos últimos momentos de sua vida ou, pior ainda, elas apenas mentem sobre isso. Por um longo tempo no mundo católico, não só era conhecido, mas o fim trágico de Lutero foi explicado naturalmente. Então as coisas mudaram e como alguém que dá uma ordem misteriosa, se deixou de falar sobre o triste fim de Lutero.

Os dados do tempo não deixam espaço para dúvidas. Depois de um jantar sumptuoso (Lutero  pela gula e seus jantares, especialmente nos últimos anos, acabou bêbado), e acabou se suicidando. Isto é atestado convenientemente por seu servo pessoal chamado Rudtfeld. Em 1606, Sédalius publicou seu testemunho. Muitos outros escritores e estudiosos escreveram sobre o assunto. Todos concordam que Rudtfeld encontrou seu mestre Martin Luther pendurado em um dos postes de sua cama. Audin testifica em seu Vide de Lutero; Lorrenz no fim de Lutero; Hosius, Juan Harén, Lorenzo Surius, Tomás Malvendra, Teodoro Pevtrejus, o sábio alemão Majunke, Manhart e um longo etcétera.

Em apoio a esses testemunhos há um número infinito de dados que dão consistência ao fato. Dois estudos são conclusivos: Martin Luther, homicida e suicida, pelo Pe. Luigi Villa, publicado na revista Chiesa Viva nº 258, Brescia, Itália; e Lutero, de P. Pedro de I. Muñoz, na revista Tradición Catolica, nº 137, Barcelona. Após a apresentação de Dom Licínio Rangel, OVS, podemos estabelecer que:

1. Lutero tinha um temperamento extremamente mórbido e neurótico. Após sua revolta contra a Igreja, sua neurose atingiu os limites extremos. Estudos especializados atribuem uma "neurose muito grave de angústia", o tipo que leva ao suicídio (Roland Dalbies, na Angústia de Lutero).

2. O suicídio de Lutero é afirmado por católicos e protestantes. Este é o testemunho de seu servo, Ambrosio Kudtfeld, que mais tarde se tornou médico e mencionamos acima:

"Martín Lutero, na noite que precedeu sua morte, se deixou vencer por sua intemperança habitual, e tal excesso, fomos obrigados a carregar completamente bêbado, e colocá-lo em sua cama.

Então nos retiramos para nossos aposentos sem presentir nada de desagradável. Na parte da manhã, retornamos ao nosso empregador para ajudá-lo a se vestir, como de costume.

Mas que dor! Vimos nosso patrono Martin pendurado em sua cama e estrangulado miseravelmente. Sua boca estava torta e seu lado direito estava escuro; o pescoço roxo e deformado.

Diante de um espetáculo tão horrível, fomos invadidos por um grande terror. Corremos sem demora aos príncipes, seus convidados do dia anterior, para anunciar a eles aquele final execrável de Lutero. Eles estavam aterrorizados como nós. E então eles insistiram com mil promessas e juramentos, que observasse-mos sobre esse evento, silêncio eterno, e que  colocasse-mos o cadáver de Lutero em sua cama, e anunciasse-mos para as pessoas que o 'Maestro Lutero' tinha imprevistamente abandonado esta vida. "

Este relato do suicídio de Lutero foi publicado em Antuérpia em 1606 pelo sábio Henry Sedalius (também mencionado acima). Também o Oratorian Th. Bozio, em seu De Signis Ecclesiae de 1592, escreve que ele aprendeu de um doméstico de Lutero que seu senhor foi encontrado enforcado nas colunas de sua cama. O Dr. G. Claudin, na Chronica Medica (1900, p. 99), também publicou o texto desta "deposição" do doméstico, dos quais aqui é o essencial:

"Para a glória de Cristo, revelarei com toda a luz o que vi e anunciei aos príncipes de Elsleben: Martinho Lutero foi levado por suas inclinações, de modo que tivemos que levá-lo a um estado de embriaguez completa e colocá-lo na cama ... Na manhã seguinte, indo ao meu senhor para ajudá-lo a se vestir, eu o encontrei, oh dor! Para ele, meu senhor, enforcado em sua cama, literalmente estrangulado. Fui avisar os príncipes que me fizeram jurar não contar a ninguém sobre esse evento.

3-Dois médicos verificaram os sintomas de suicídio relatados por seu servo Kudtfeld. Foram eles Cester e Lucas Fortnagel. A informação deste último foi publicada pelo escritor Jacques Maritan, de confiança para o mais progressista, em seu livro os três reformadores. Neste trabalho, o autor também oferece uma impressionante lista de amigos e companheiros de Lutero que se suicidaram.

Fontes:

• http://ec.aciprensa.com/wiki/Mart%C3%ADn_Lutero
• https://es.wikipedia.org/wiki/Mart%C3%ADn_Lutero#Su_vida_mon.C3.A1stica_y_acad.C3.A9mica
• http://www.biografiasyvidas.com/biografia/l/lutero.htm
• (1) Obras de Lutero [LW], Vol. 13, 61-62
• (2) Charlas de sobremesa, Weimar, Vol. 1, Pg. 487. Cf. Table Talk, No. 963.
• (3) Charlas de sobremesa, Trishreden, edición Weimer, tomo 2, pág 107.
• (4) De Servo Arbitrio ‘ , 7, 113 ss., citado por O’Hare, en “Los hechos acerca de Luther, Libros TAN, 1987, pp. 266-267.
• (5) Charlas de sobremesa, Table Talk, 2397b.
• (6) Erlangen Vol 29, Pg 126….
• (7) Denifle de Luther et Lutheranisme, Etude Faite d’après les fuentes de Traducción de J. Paquier (París, A.  Picard, 1912-1913), tomo III, p. 364).
• (8) De Wette 4, 188
• (9) Comm anuncio GALAT, p.310…
• (10) Charlas de sobremesa Trischreden, Wittenberg Edición, Vol. VI., P. 160.
• (11) De Denifle Luther et Lutheranisme, Etude Faite d’après les fuentes. Traducción de J. Paquier (París, A. Picard, 1912-1913), Vol. III, pg. 47).
• (12) De Denifle Luther et Lutheranisme, Etude Faite d’après les fuentes. Traducción de J. Paquier (París, A. Picard, 1912-1913), Vol. II , pág. 128).
• (13) Desde el ensayo,” esclavitud de la voluntad ”, Martin Luther:.. Selecciones de sus escritos, editado por Dillenberger, Anchor Books, 1962 p 190…
• (14) De servo arbitrio, contra el libre albedrío del hombre.
• (15) Charlas de Sobremesa Trischreden, Weimer VI, 143, 25-35.
• (16) ” Deje que su pecado sea fuerte, “del Proyecto Wittenberg; ” El Segmento de Wartburg”, traducido por Erika Flores, a partir del Dr. Martin Luther Saemmtliche Schriften, Carta Nº 99 1 de agosto de 1521. – Denifle Luther et Lutheranisme, Etude fAITE d’après les fuentes. Traducción de J. Paquier (París, A. Picard, 1912-1913), vol. II, pág. 404 . (Enders, “Briefwechsel”, III, 208
• (17) J. Dollinger, La Reforme et les resultantes qu’elle a produits. (Trad. E. Perrot, París, Gaume, 1848-1849), Vol III, pág. 248
• (18) http://santotomasdeaquino.com.mx/wp/2015/11/el-odio-a-la-santa-misa/
• http://adelantelafe.com/otono-caliente-bergoglio-la-pasion-la-iglesia/
• http://500reforma.org/
• [(19) S. Francisco de Sales, “Meditaciones sobre la Iglesia” (Controversias) P. II, c.1,4.]
• [(20) “Propos de Table”, nº 1472, ed. De Weimar II, 107]
• [Fuente sobre vida y final de Lutero: http://www.chiesaviva.com/lutero%20omicida%20e%20suicida/lutero%20homicida%20y%20suicida.pdf] De Javier Barraycoa

Lutero antisemita

Lutero anti-semita. Em 1543, Lutero publicou sobre os judeus e suas mentiras, (principal trabalho anti-judaico) em que atinge afirmações como que os judeus são um povo «abjeto e desprezível, ou seja, não um povo de Deus, e sua ostentação de linhagem, sua circuncisão e sua lei deve ser» Considerado sujo '; 13 estão manchados com ' a escória do diabo (...) "em que eles chafurdam como porcos." 14 a sinagoga é uma "noiva impura, sim, uma meretriz incorrigível, uma vagabunda malvada." 15

Lutero defende que as sinagogas e as escolas rabínica sejam pastagem do fogo, seus livros de orações destruídos, que os rabinos sejam proibidos de pregar, que suas casas sejam demolidas e sua propriedade e dinheiro confiscados. A eles não devem ser mostrados qualquer misericórdia ou piedade, 16 ou fornecer proteção legal qualquer, e "esses vermes venenosos" devem ser preparados para o trabalho forçado ou expulsão definitiva. 18 neste livro Lutero parece até mesmo defender seu assassinato, Quando ele escreve: "nós seremos culpados de não destruí-los."

Sabe-se que os autores nazistas da segunda guerra mundial do Holocausto aprenderam com Lutero o ódio aos judeus.

Contra os camponeses, ele mostra-se sedento de sangue.

Durante a Guerra dos camponeses de 1524, Lutero apoiou as autoridades feudais a matar indiscriminadamente os camponeses famintos e desobedientes. Em sua pregação, ele disse:

- "Contra os assassinos e ladrões camponeses, nisto molho minha caneta em sangue". [LM180] e "Exorto os príncipes a matar os camponeses ofensivos como cães raivosos, apunhalár-los, sufocá-los e destruí-los o melhor que puderem, e assim os príncipes receberão a promessa do céu". [SL44]

"O que escrevi, agora torno a escrever novamente: ninguém tenha piedade dos camponeses costumazes, obstinados e obcecados, que não se deixam dizer nada; Aquele que pode, e como pode, vencê-los, feri-los, matá-los, triturá-los com paus como cães raivosos, [...] para preservar a paz e a segurança. [...] O burro pede varas e as pessoas querem ser governadas com força; este Deus sabia muito bem e, portanto, colocou nas mãos da autoridade não a cauda da raposa, mas uma espada ".

(Martinho Lutero, Carta sobre o livro duro contra os camponeses, 1525)

Seu Conselho foi literalmente seguido. As lutas foram transformadas mais em massacres do que em batalhas e os camponeses pobres foram mortos como animais no campo.

Contra as mulheres

Lutero se casou com a antiga freira Katherina von Bora com quem teve vários filhos. No entanto, teve uma opinião muito depreciativa em relação às mulheres. Em uma pregação sobre as mulheres grávidas, disse:

"Deixe-nos ter filho e faça o que puder; se eles morrem: abençoados são porque eles certamente morrerão no trabalho nobre e de acordo com a vontade de Deus ... Eles viram como as mulheres inférteis são fracas e doentes; Aquelas abençoadas com muitas crianças são mais saudáveis, mais limpas e felizes. Mas se elas acabam se desgostando de ter filhos, se morrem, isso não importa. Deixe que morram parindo, para isto estão aqui. "

(Martinho Lutero, Sobre a Vida Matrimonial, 1522)

A.M.D.G. V.M.

Encuentros Eucarístico Marianos

Fonte: http://comovaradealmendro.es/2017/10/lutero-las-consecuencias-del-cisma-protestante-la-iglesia/