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20/07/2013
Quando o sexo fala mais alto


Quando o sexo fala mais alto


JMJ formação: a inflação sexual, termo usado por Viktor Frankl, é esta carga de sentidos e valores exagerada que nossa sociedade dá para o sexo
Élison Santos


 

São muitos os aspectos que fazem com que as pessoas se apaixonem, em um nível primitivo sabe-se que os hormônios são responsáveis pela atração sexual e que determinados estilos e comportamentos chamam a atenção em algumas pessoas mais que em outras. No nível intelectual tentamos encontrar argumentos que convençam os outros sobre nossa escolha, alguns dizem ser pela beleza física, outros pelo caráter ou a inteligência, o jeito de ver a vida e muitos outros aspectos. Mas é quando as coisas não vão muito bem que se percebe que nenhum destes aspectos são fortes o suficiente. Quando o sexo fala mais alto e há traições, por exemplo, ninguém encontra razões para o relacionamento continuar, só se existir aquela coisa que é inexplicável, o amor.

A confusão sobre o sentido do sexo na vida é de longa data na história da humanidade, como já expressei em outros artigos anteriores, nossa cultura tratou de diferenciar muito a educação sexual entre homens e mulheres, embora esta diferença venha diminuindo, sempre foi muito grande. Os homens eram educados a viver uma sexualidade mais liberada enquanto as mulheres uma sexualidade mais reprimida. Hoje, vivemos uma mistura muito grande com o avanço das tecnologias de comunicação e a globalização. Se tradicionalmente uma família educava suas filhas para viverem a pureza sexual evitando os questionamentos, hoje as meninas têm acesso à vida privada de muitas outras meninas no mundo inteiro e questionam muito mais sobre as razões da educação que recebem, e é claro que isto também acontece com os meninos.

Para muitos homens ainda há aquela ideia de que o sexo é uma questão de auto afirmação, muitos jovens ainda se orgulham quando são capazes de “ficar” com muitas meninas ou de ter uma relação sexual “bem sucedida”. E é claro que aqui estamos falando daqueles aspectos primitivos que unem o homem e a mulher. Quanto mais o sexo é encarado como fundamento da auto afirmação, menos espaço se dá para os aspectos mais essenciais, a dizer, o próprio amor.

A inflação sexual, termo usado por Viktor Frankl, é esta carga de sentidos e valores exagerada que nossa sociedade dá para o sexo. Na prática, o que se vê são meninos e meninas lançando mão de máscaras para se relacionarem. Quantas são as mulheres, de todas idades, casadas ou não, que buscam viver uma sexualidade “potente”, “acima da média”, “experiente”, “top”, “inesquecível”! Quantos homens, de todas as idades, casados ou não, que vestem a máscara do “potente”, do “experiente”, do “cara”, do “garanhão”! Quanto mais máscaras se usa, menos verdadeiros são os relacionamentos, mais se aprofunda na ilusão de que somos primitivos, e nada mais que isso. Quando se investe em ilusões os resultados são nada mais que frustrações.

Quando o sexo fala mais alto, a pessoa deixa de lado sua intelectualidade, seus valores sociais e principalmente sua essência espiritual, encobre sua capacidade de amar. Também é fato comprovado que quanto mais se investe na expectativa sexual, mais possibilidades de impotência existem. O verdadeiro prazer sexual está na entrega confiada e sem máscaras a pessoa amada, quanto mais confiança e cumplicidade, quanto mais segurança e sentido, mais e mais prazer, mais e mais gozo. No fundo, quem nunca amou, ainda que tenha tido milhares de experiências sexuais, jamais experimentou o auge de um verdadeiro prazer sexual!

 

Fonte:http://www.aleteia.org/pt/educacao/news/quando-o-sexo-fala-mais-alto-2659001

 



Pornografia e direitos sexuais


JMJ formação: há uma grande lista de riscos que a pornografia traz para o desenvolvimento sexual de um adolescente; o mais preocupante é o vício
Élison Santos


Não é de hoje que o conteúdo pornográfico está presente nas mãos de adolescentes em todo o mundo, mas não só dos adolescentes. Com o avanço da internet o acesso à pornografia tornou-se cada vez maior tanto para homens quanto para mulheres. Pesquisas indicam que quase 50% de todos os usuários de internet em todo o mundo vêem pornografia e que 33% são do sexo feminino. Os dados, muitas vezes desconhecidos para a maioria dos pais, revelam uma preocupante realidade em relação à educação sexual, de forma que quanto mais um adolescente busca o prazer virtual, maiores são os sinais de que os relacionamentos reais são complicados e perdem espaço em sua vida. Enquanto há falta de investimento numa educação sexual saudável, a indústria pornográfica lucra mais de 97 bilhões de dólares ao ano em todo o mundo.

Os dados sobre a indústria pornográfica não são precisos, há muita especulação, mas suscitam um questionamento sobre o nosso modo de vida, o modo de vida da sociedade do terceiro milênio. Hoje em dia, falar de sexo com os filhos ainda é um tabu para muitos pais e há um outro grupo de pais que falam sobre sexo com a ótica do mercado, que incentiva as experiências sexuais de toda ordem sem critérios.

O sexo é ainda visto como um direito, ou seja, toda pessoa que experimenta o prazer sexual está vivendo o seu direito, sua liberdade. Muitos pais não sabem como educar os filhos porque se sentem incoerentes, pensam que porque eles têm ou tiveram acesso à pornografia os filhos também têm esse “direito”. Contudo, a experiência sexual configura-se como uma vivência de partilha afetiva, entrega amorosa, o sentido do sexo tem muito mais a ver com um relacionamento entre duas pessoas com histórias em comum do que com um simples direito a ter prazer, desta forma a pornografia desvirtua o real sentido do sexo.

O crescente aumento de acesso à pornografia revela a dificuldade de se encontrar relacionamentos saudáveis que trazem uma verdadeira realização pessoal. Se para alguns adultos este seja um comportamento comum já adquirido durante seu desenvolvimento e que não atrapalha a vida sexual em um relacionamento real como o casamento, esta pode não ser a mesma realidade para as crianças e adolescentes que vivem esta fase de desenvolvimento em uma nova cultura sexual. Hoje, muitos apresentam dificuldades em iniciar um namoro justamente porque estão viciados em pornografia. Uma vez que estão constantemente respondendo aos seus desejos sexuais com estímulos pornográficos, acabam por não permitir que aconteça uma atração sexual natural para com o sexo oposto.

Há uma grande lista de riscos que a pornografia traz para o desenvolvimento sexual de um adolescente. O que é mais preocupante é o risco do vício. Desta forma a pornografia pode ser vista como uma droga que age diretamente na produção de hormônios do prazer e afeta toda a vida social do indivíduo. É preciso motivar as novas gerações a terem uma vida social saudável, uma convivência constante e natural com grupos mistos e principalmente que colabore para uma visão digna e natural do sexo oposto. Uma sociedade saudável é uma sociedade que não reprime a sexualidade nem tampouco a vê como a simples vivência de um direito, mas como expressão do amor.

 

fonte:http://www.aleteia.org/pt/estilo-de-vida/news/pornografia-e-direitos-sexuais-2335001
 

 




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