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06/11/2013
A IGREJA MORRE

 
 A IGREJA MORRE

5/11/2013 17:36:41


    Neste momento eu teria vários assuntos para escrever, e sobre alguns temas medito desde há muito tempo, sem, no entanto encontrar a luz necessária para bem escrever. Não é o momento! O Novo Reino que se aproxima, é algo que me fascina e isso desde criança, e sobre ele eu já escrevi diversos textos, porém sempre se aprende mais e mais sobre ele, porque tudo Deus vai revelando aos poucos. É como um véu que encobre nosso entendimento, de modo que somente devagar vamos conseguindo assimilar aquela realidade futura, e tantas vezes já pensei assim: certamente Deus só nos vai revelando aos poucos, porque se víssemos tudo de uma só vez, quem sabe nós não suportaríamos, tão grande é nossa fragilidade, diante da imensidão espetacular daquilo que virá.

    Mas por hora ainda vivemos neste mundo angustioso, em tempos maus, e por hora ainda temos uma batalha gigantesca a enfrentar, com certeza a última, porém a mais renhida, a mais difícil, a mais dura e certamente a mais mortífera – pelo espantoso número de mártires, e de vítimas que causará – e é isso que nos deve envolver hoje, em corpo, mente alma e espírito. A batalha final se dará pela disputa última pelas almas, este precioso tesouro que cada um de nós recebeu de Deus, cuja natureza é invisível, mas imortal. Hoje quando vemos a disputa nos leilões por quadros valiosos, por obras antigas, e não nos damos conta de que, mesmo duráveis, mesmo antigas, um dia elas desaparecerão. Qual valor terá um bem, vivo e cintilante, resplandecente e precioso, que durará por toda a eternidade, ainda que se acabem os mundos em colisões?
    Valor infinito, e, portanto mais valioso do que tudo o que existe no Universo. Eu, por exemplo, não trocaria minha alma por toda a riqueza do Universo, nem pelo comando dele por milhões de séculos, porque tudo isso acabaria. Então hoje, a mais fantástica e frutuosa obra que poderemos executar – além ser a maior de todas as caridades – é aquela que visa a salvação destas almas, nossas e dos nossos familiares e amigos, também dos desconhecidos, especialmente dos mais distantes de Deus, para que estejam um dia com o Criador, porque somente ali seu valor é infinito. Aquele que resgata uma alma que se perderia sem sua ajuda, salva a sua e a de sua família inteira, eis o prêmio deste esforço, nem sempre difícil. Basta querer! Basta amar! Bastar por nas mãos de Deus toda a nossa vontade, único bem que temos de fato, e Ele fará na realidade tudo.

    Triste é saber, mas as almas que desejam se perder e que no fim escolhem o afastamento definitivo de Deus, estas se transformam em esterco putrefato, no exato instante que seu louco orgulho as faz decidir pela ruptura. E sepultadas no incomensurável infinito do ódio, seu gesto de ruptura resulta num lamento, numa perda irreparável. Até o próprio Deus chora quando uma alma estúpida escolhe este caminho. Sempre livremente! Deus nos dotou do livre arbítrio, de nossa livre vontade, e esta força é tão poderosa, que com ela nem Deus pode. Liberdade esta que alguns homens e mulheres, loucos, transformam em libertinagem, para cometerem em vida todo tipo de desvario de que são capazes, desde que rompam os Mandamentos e que afrontem a Deus. Vai para o abismo quem quer!

 

    Jesus fundou uma Igreja, exatamente para que ela levasse a TODOS para o Céu. Só por isso! Deu a ela todos os meios e esteve sempre presente com ela pelos milênios afora, a fim de que Ele um dia pudesse efetivamente dizer ao Pai: não perdi a nenhum daqueles que me deste! Mas nem sempre esta mesma Igreja cumpriu a missão que Deus dela esperava. Pelos séculos afora, varrida por ventos e tempestades, por furacões e tsunamis, a Igreja tem sido prensada por todos os lados no lagar da provação, da perseguição e do martírio, e hoje lamentavelmente nos chega aos ouvidos, vindas do Céu estas palavras: já não sei se vale a pena lutar por este mundo! Um mundo que estava nas mãos da Igreja corrigir. Também, esta outra palavra: já não sei seu a podemos dizer Igreja Santa!

    Nós sabemos efetivamente, desde o começo que ela jamais será totalmente esfacelada. Temos a promessa de Jesus de que, embora o inferno se desdobre em mil fúrias, jamais conseguirá vencê-la. Também o diabo sabe disso! Mas é tal o estado deplorável, hoje, da nossa Igreja, que sem forçar muito se poderá perguntar: vale a pena ainda lutar por ela? Melhor perguntando: não será em vão o nosso trabalho, nossa luta? Acaso nós temos mesmo alguma chance de levantar, de reerguer esta Igreja, diante de tantos acontecimentos, diante de tantas correntes contrárias de doutrinas, diante de tantas falsas teologias e outras teorias sobre Deus, e diante de tantos modos imaginados de ser Igreja, com reformas e reformadores? Não estaria já tudo perdido?

    Nesta semana, quando li a reportagem sobre uma entrevista de um dos auxiliares diretos do novo Papa, onde ele dizia: “chego a afirmar que a Igreja nunca esteve tão bem como hoje”, neste exato momento efetivamente eu não senti que “tudo já estava perdido”, mas tive a absoluta certeza de que estamos nas mãos de guias cegos. Acho que ou um ser assim não tem cérebro, ou pensa torto. Um cardeal ou bispo, que tenha a coragem de declarar isso em uma entrevista, já nem pode ser considerado um guia cego, mas com toda certeza um dos algozes da Igreja. Ou seja: ele afirma que vai bem, porque caminha para o lado ruim, com uma velocidade como nunca caminhou.

    Quando eu era mais jovem, participei de uma campanha política. Conhecendo muitas pessoas, aos poucos eu sabia perfeitamente em quem fulano ou sicrano votariam. No dia antes da eleição tivemos uma reunião do pessoal mais da linha de frente, e nosso candidato a prefeito perguntava para um senhor que se dizia nosso eleitor, mas que efetivamente e furiosamente era inimigo infiltrado: fulano em quem vota? É nosso, dizia ele! Sicrano em quem vota? É nosso, dizia novamente! Óbvio que naquele momento eu não poderia me manifestar, porque seria uma comoção geral, uma vez que o tal senhor era considerado um dos líderes da nossa campanha, na verdade apenas infiltrado em nosso meio, num cinismo repulsivo. Comprado pelo dinheiro!

    Resultado, perdemos a eleição e por larga margem, quando nosso candidato a julgava segura. Eu o avisei, após a reunião que este senhor na verdade nos traia, mas ele se negava a acreditar, até porque era seu sobrinho. E quando ele dizia: é nosso, na verdade ele nem mentia, porque este “nosso” significava ser do lado dele, que estava na oposição. Ora, a mesma situação se dá hoje na Igreja! Quando este bispo diz que a Igreja vai bem como nunca, ele na verdade está dizendo que vai bem para aqueles que a desejam destruir e não para aqueles que a quer ver renovada pelo Espírito Santo, e caminhando para a santidade. Ele diz efetivamente que a Igreja está caminhando bem direto para o inferno que é como a besta deseja. Porque é impossível que uma pessoa com cargo de bispo da Santa Igreja Católica não perceba o caos em que ela se encontra. Negar isso é de um cinismo até satânico!

    Tenho lido inúmeras reportagens sobre o que acontece no Vaticano, e a maioria delas menciona a palavra “reforma” e surgem alguns – na verdade muitos – indicativos de que se prepara não uma reforma e sim uma completa revolução, que tudo indica, lhe abalará até os alicerces. Veja: quando vemos uma casa velha, com certo madeiramento apodrecido ou semidevorado pelos cupins, a primeira coisa que devemos fazer é comprar uma nova madeira, melhor tratada, para que não apodreça nem seja devorada pelos insetos. A mesma coisa se dá com as partes de tijolos, do reboco, dos pisos, colunas, porque é primeiro preciso retirar o que está estragado, amolecido, para que só depois, em bases firmes, se poderá reconstruir com garantia de durabilidade.

    Façamos uma metáfora, usando da reforma de uma casa envelhecida, com a reforma da nossa Igreja. Nesta Igreja, simbolicamente, Pedro é o fundamento, Deus é o amalgama que une a todos, os sacerdotes são as colunas, os bispos são as vigas superiores, os cardeais e altos mandatários são os caibros que sustentam a cobertura, que é a parte espiritual. Sem um fundamento sólido, sem um Papa confiável e seguro, principalmente SANTO, o fundamento estará rachado. Sem colunas firmes – digo padres santos – sem as vigas mestres – bispos santos – e sem os caibros vigorosos – falo dos santos cardeais e dignos mandatários – sem isso os tijolos que fecham as paredes, o povo católico estará sempre esmagado e sem saber para onde escapar – quantos fogem mesmo – até porque a doutrina que vasa do telhado vem contaminada. Afinal, numa Igreja destas não é para menos que entre nela a fumaça de satanás, como disse o Papa Paulo VI.
    Ora, quando tratamos da reforma de uma entidade, e principalmente quando esta reforma é de uma Igreja – não do templo físico mais do espiritual, da doutrina, dos ritos e regras de funcionamento – a primeira coisa que nós deveremos fazer é retirar dela o que está podre, o que está estragado. Não somente isso é preciso retirar dela, antes de tudo, os possíveis maus executores do projeto, aqueles que darão vida e curso à reforma, porque se eu deixar nas mãos de maus projetistas, de maus mestres de obras e de maus operários com absoluta certeza eu antes crio um paquiderme esquálido, do que uma obra viva, e perene. Porque se eu deixar a nova obra nas mãos exatas daqueles que antes a estragaram, eu só vou ter mais rombos e mais estragos, mais vazamentos e curtos circuitos, mais remendos e rachaduras, que farão a casa ficar pior do que antes. Tudo mais será tampar com cal, ou com verniz!

    Botando isso dentro da Igreja, se a reforma não começar pela base, não adianta começar pelo telhado. Ou melhor, se não derrubar antes o telhado – a doutrina podre, a má teologia, a desobediência do clero, a catequese errada – é bem provável que ele acabará caindo na cabeça de quem, debaixo dele, tenta retirar os podres. Mas é isso que está acontecendo E a base de que falo aqui, não é propriamente o povo, mas exatamente aqueles que o formam. A base que precisa de uma reforma profunda é simplesmente o sacerdócio católico, sem estas colunas qualquer reforma é remendo, é colocar pano novo sobre roupa apodrecida. Lembro antigamente, nos tempos de infância de uma família de 12 filhos, onde andava com calças remendadas, trabalhando na roça, e sei o que isso significa. Tempo em que o difícil não era arrumar filhos, mas sim comprar enxadas para todos.

    Vejam: eu não posso simplesmente pensar em reformar a Cúria, que fica no telhado, se eu não concertar antes os esteios, as colunas de concreto que suportam o peso da estrutura, porque são elas que também mantém unidos os tijolos que fecham as paredes, que são as ovelhas. Estas colunas são os sacerdotes católicos. Como eu posso acertar numa reforma com sacerdotes que aceitam celebrar com macumbeiros, que compactuam com as sociedades secretas e aceitam seu dinheiro consagrado ao diabo, que desobedecem todos os documentos da Igreja, que levam uma vida pregressa com amantes e outras desgraças, enfim, que foram bem formados em tudo aquilo que jamais precisariam saber, e foram DEFORMADOS, em tudo aquilo que deveriam saber, para SALVAR ALMAS. Não existe outra missão na terra para o sacerdócio católico. Ele pagará caro por tudo o que fizer fora disso, esquecendo-se do principal.

    Padre que não se dedica a elas, dia e noite sem descanso às almas, é coluna podre, que acaba esmagando os tijolos – as ovelhas – porque com ele desabam as vigas – os bispos – que são suportados pelos dois. Como posso reformar uma Igreja quando temos tantos sacerdotes orgulhosos de seus saberes e títulos, que não aceitam a correção, isso quando descumprem a maioria das regras e os documentos da Igreja? Com sacerdotes que aplicam regras espúrias com vergonha de ficarem para trás, ou porque fissurados em falsos mestres, aplicam tudo o que eles dizem, sem discernimento? Como posso reforma-la, com sacerdotes que sequer sabem que a Igreja tem um Catecismo, e que, portanto, não o seguem? Como posso reformar a Igreja com padres que negam os dogmas, que fogem do confessionário, como foge o diabo da cruz, que dizem que o pecado não existe mais e com a alma cheia deles assim celebram, que não só odeiam celebrar a Santa Missa, como não acreditam na presença Viva da Jesus Eucaristia, e por cúmulo celebram em estado de pecado grave, cometendo sacrilégios sobre sacrilégios?

    Ora, somente padres santos podem ser colunas sustentáculo de uma Igreja viva, forte, imperecível. Somente sacerdotes humildes podem ser obedientes aos regulamentos, normas, ritos, doutrina, Escrituras, porque abertos aos anseios das ovelhas que os buscam unicamente para as coisas do espírito! Mas que fazer quando as ovelhas vão a eles buscar a cura das almas – a mais importante das curas, sem as quais não existe a cura física – se os padres lhes querem dar cestas básicas, fome zero, falsas pastorais e obras físicas? Ora isso, eles já encontram nos governos, embora também seja errado ajudar indefinidamente sem contrapartida de esforço. Onde encontrar sacerdotes gentis, serviçais, amorosos, atenciosos que atendam as ovelhas com carinho, buscando sarar-lhes as feridas a alma? Sem se impor! Sem manda-las embora sem consolo e conforto espiritual! Se uma alma estiver sanada no espírito, seguramente estará com Deus que a suprirá da parte física. Mas que se vai fazer quando o “fundamento” manda que se encha a barriga dos pobres e não os catequise? Não é sinal de morte da Igreja?

    Numa reunião de formadores em nossa Paróquia, nós fomos encarregados – Dulce e eu – de formarmos um grupo de oração, exatamente no lugar onde há mais confusões e intrigas em nossa cidade, no local que se chama de favela, uma beira de rio que foi tomada pelas pessoas, casas coladas umas nas outras, cachorros por todos os lados e crianças na rua chutando um pedaço de bola. Uma das casas – na verdade um cubículo escuro era de uma senhora de cor negra, com uma trupe enorme de crianças. Ela havia sido católica! Era agora crente! E é crente fiel! Aferrada! Por que mudou? Porque ela se achava num momento de desespero e dificuldade, e quando foi procurar ajuda do seu sacerdote, em outra cidade, e este a tratou mal, com estupidez, mandando-a embora.

    Mas o pastor crente a acolheu com carinho, ajudou-a espiritualmente e também, depois, materialmente. Com isso a Igreja Católica perdeu a ela, ao seu esposo, e no mínimo mais cinco crianças. E esta é sem dúvida a maior causa do afastamento dos ditos católicos, porque vem aos padres buscar alimento santo e lhe querem dar comida estragada da teologia da libertação, do falso ecumenismo, da dessacralização, e não confissão e Eucaristia, sem os quais não existe vida, quanto mais em abundância. Um bispo americano escreveu dias atrás um artigo onde falava da péssima catequese que a Igreja deu nos últimos 50 anos. Ontem na reunião dos ministros da comunhão em nossa Paróquia, o nosso padre também afirmou isso. Pois eu diria que o desastre da Igreja é tão abissal, que para uma verdadeira reforma, nós precisaremos de pelo menos 50 anos, porque são já duas gerações completamente corrompidas pelo mau alimento – ou nenhum – com que nossa Igreja trata as ovelhas.

    De fato, sem uma reforma profunda nos seminários, tudo, absolutamente tudo o que fizerem no telhado, será apenas enche-lo de furos, será partir caibros ou botar outros mais podres – os cardeais – para que mais água penetre no templo, e mais podridão aja em seu interior. Se as colunas apodrecem, as vigas desabam e o telhado cai. Mas como é que vamos formar bons padres – depois de conseguir bons seminaristas, eis a questão: como isso demora a amadurecer – se aqueles que os deverão formar não têm moral alguma, em sua imensa maioria? Se pode dizer assim: todo Bispo de uma Diocese, que não consegue ter ali e manter um bom e santo seminário, administrado por um bom Reitor Santo, simplesmente não serve para ser bispo – é, pois, viga rachada – porque esta é a primeira coisa que lhe competiria fazer, para ter sucesso em termos de salvação das almas, seria cercar-se de santos sacerdotes. De boas colunas!

    Ou seja: uma “reforma” como a que pretendem fazer, sem dúvida alguma acabará se transformando numa figura muito conhecida e mencionada por Jesus, num “sepulcro caiado”, vistoso por fora, mas cheio de corrupção e de podridão por dentro. Não adianta botar verniz no telhado, se boto veneno na doutrina. Não adianta caiar as paredes de branco, tapando e iludindo as ovelhas com belas palavras sobre pobres e marginalizados, se isso visa apenas cegar o povo para a tremenda realidade de uma Igreja bimilenar que se esfacela a olhos vistos. Posto isso, eu poderia afirmar agora que, neste caso, o próprio Jesus que fecha a abóboda do templo, acabará por se retirar por um tempo de seu posto, deixando que as intempéries, as tempestades, os ventos, as avalanches de mal adentrem o templo, enchendo-o de demônios e das falsas doutrinas modernas. O que se verá então é caos e desespero em seu interior. Já disse: tirem a Santa Missa, Jesus de nosso meio, e destaparão o templo! O mundo desabará então junto!

    Pergunto, se alguém puder responder: quantos bispos dos nossos, digamos 400 do Brasil, visitam com grande frequência os seminários de suas dioceses, e não somente isso; permanecem ali atentos, participam de pelos menos algumas das aulas que são administradas pelos formadores, para saberem efetivamente o que está sendo ensinado aos futuros sacerdotes? Penso que posso responder sem medo de errar: NENHUM! Ora se o chefe de obras de uma construção, não permanece atento ao que os operários da obra estão fazendo – nem para a formação e instrução que eles recebem – como poderá esperar que o dono da obra receba algo perfeito e bem acabado? Se ele não forma antes bons capatazes, como poderá ter sucesso na obra? Da mesma forma, como tal bispo poderá saber se os padres que formam os leigos estão evangelizando corretamente o povo, conforme a vontade do Dono da Messe, que é Jesus?

    Por que a Igreja está desmoronando? Porque o demônio agiu exatamente no ponto nevrálgico dela, atingindo na testa o sacerdócio católico, não tanto pelos seus pecados que se tornaram públicos – porque estes são apenas frutos podres, derivados da má formação – e sim exatamente destruindo os seminários. Eu fui seminarista entre os Jesuítas, e no meu tempo, havia naquele grande seminário 355 alunos. Era 62, o início do Concílio Vaticano II. Eu saí de lá completamente desiludido e odiando aquilo tudo, e soube depois que passados apenas sete anos depois que eu saí, já aquele tremendo edifício estava vazio, mudos aqueles imensos corredores que eu varria todas as tardes, e hoje, pelo que sei, está alugado para uma universidade. Tive então razão de sair já antes! Isso quer dizer que o que passaram a fazer, a falar, a pregar, a evangelizar após o Concílio era mau, era alimento estragado.

    Para falar isso a respeito dos documentos conciliares, eu me baseio apenas nestas palavras: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos, isso resume a Lei e os profetas. Ou seja: precisa apenas isso, saber disso, entender isso, evangelizar sobre isso, e principalmente viver isso. Quando uma pessoa quer ver uma coisa feita e bem feita ela não precisa dizer muitas coisas. Sim e não, e assim seja! Quando alguém não deseja ver as coisas funcionando, enche de regras, de firulas linguísticas, de palavras vazias, de milhares de citações, de modo que, embora contenham “coisas bonitas”, também trazem coisas que confundem, que são imprecisas, inexequíveis e contraditórias, de modo a enredar os executores da tarefa, e até confundi-los ou até lhes dando a abertura para que cada um faça aquilo que bem entende. Foi o que aconteceu a partir do encerramento daquele ecumênico encontro. E foi a partir desta confusão doutrinária que se esvaziaram os seminários. Além do que...

    Tempos depois, arrumei lugar noutro seminário, e mandei para lá primeiramente dois dos meus irmãos. O primeiro voltou depois de um ano, quase doido, cheio de visões estranhas, e bastante revoltado, até porque já na primeira noite em que ele dormiu naquele pavilhão, viu quando um jovem maior se deitou, na cama ao lado dele e com um menor mantinham relações sexuais. Naquela época o seminário tinha em torno de 150 seminaristas. Disse este meu irmão que num dia, depois do banho, o padre encontrou 20 meninos em uma sala, todos nus, na maior orgia, e foi por coisas assim que ele voltou transtornado. Inclusive um colega dele, jovem muito humilde e simples, sem maldade, voltou de lá homossexual.

    Estas coisas todos os padres sabiam, tanto que viram! Sabiam, mas não tomavam providência! Sabiam, mas se calavam, e aqui qualquer um de nós pode imaginar os motivos pelos quais tais coisas não eram denunciadas, e não eram tomadas providências. Eu mesmo, nos três anos em que estive no seminário, presenciei coisas graves neste sentido, e entre os jesuítas. E tudo só foi piorando, mesmo assim mandei outro meu irmão, depois daquele, e tudo o que recebemos de volta foi um menino paganizado, que hoje, empresário, nem acredita em Deus. É um ateu com rompantes de orgulho cego. Mandei depois, teimosamente o meu primeiro filho para o mesmo seminário! Resultado: voltou para casa em menos de um ano, e tudo o que aprendeu lá foi tocar violão, o que me emocionou. Mas não liga hoje para Deus! É quase um ateu! Aprendeu isso no seminário!

    Enfim, teimosamente, mandei meu segundo filho, apenas para um estágio de três dias. Acreditem, um dia e meio depois de ele estar lá, recebi um telefonema desesperado dele dizendo aos berros: Paaai... Vem me tirar daqui do meio deste bando de gays! Fui busca-lo na mesma hora, e nunca mais mandei ninguém para lá. Hoje o seminário está vazio! Nenhum seminarista! E até me pergunto: seria bom que tivesse? Para aquele mesmo tipo de formação, ou melhor, de deformação? Depois temos explodindo tantos casos de abusos sexuais entre os sacerdotes católicos e será que ainda alguém pergunta: como isso pode acontecer? Acaso houve e há ainda agora real interesse de reformar isso, de uma vez por todas? Ou alguém duvida que qualquer reforma começa por aqui?

    Ainda a pouco li na mesma reportagem de um Bispo Americano, onde ele falava sobre o terrível problema do descaso com a doutrina e o quando ela decaiu depois do Concílio, e uma palavra dele lembro agora, quando mencionou o que se chama “espírito de corpo”, ou corporativismo, mediante o qual, dentro de uma mesma classe de pessoas, ou de uma entidade, de um sindicato, de um partido político e – no caso da Igreja – entre o clero, as pessoas se blindam entre si, se protegem mesmo cometendo erros e abusos, não denunciando, nem tomando providência para evitar que este comportamento acabe por finalmente destruir toda a obra. E aqui, esta obra é nossa Santa Igreja Católica, Apostólica Romana. Foi a proteção dos escandalizadores, o acobertamento por parte dos bispos, destes poucos, aliás, raríssimos maus padres, que acabou por atingir em cheio TODA a Igreja Católica. Mas foi também a causa da má preparação de milhares de padres que ainda atuam. Não pastores de almas, e sim colunas de areia, que embora muito teológicas e doutorais, jamais conseguirão manter pé o edifício da Igreja.

    Assim, nestes tantos anos de batalha, muitas vezes ouvi que determinados bispos dizem que, se forem tomar providências em relação aos padres que cometem erros, mesmo graves, em suas dioceses, então eles ficam sem padres nas paróquias! E eu pergunto: não seria melhor não ter, do que ter uma pedra de escândalo? Óbvio, sim, que existem bispos atentos a estes problemas, mas de um modo geral todo este processo desandou de tal forma, que hoje não tem mais cura. Se a central de comando apodreceu, não tem mais moral para combater o escalão seguinte. Se este caiu em falta grave, nem tem mais direito de pregar o Santo Evangelho, porque não o prega com a vida.
    Mas vamos trocar em mais miúdos, ou melhor, vamos tocar o dedo mais fundo na chaga, até porque chaga que se esconde não tem cura, e é preciso conhecer para combater. Mais uma pergunta: quantos seminários nós temos no Brasil? Centenas deles! Mas quantos destes seminários estão vazios, sem nenhum seminarista, alugados para outras entidades, e até para protestantes, como Centros de Eventos? São muitos, e também assim acontece com os conventos e com os monastérios! Outra pergunta: Quantos destes seminários ativos, mesmo com menos seminaristas, iremos encontrar com reitores santos, e não com doutrinadores do diabo, como são todos os teólogos da libertação? Sabe, é exatamente esta peste, aqui no Brasil, a grande máquina de expulsar seminaristas santos, de formar padres hereges, e até diria, felizmente é bom que se formem poucos deste tipo, serão menos padres a destruir, a escandalizar. Porque estes são a causa mor da ruína da Igreja!

    Última pergunta sobre seminários: Quantos deles temos no Brasil, com capacidade plena em funcionamento e com um reitor santo, com formadores santos, e seminaristas que rezam? Duvi-de-ó-dó que se ache um só! Eu bem que gostaria de conhecer este seminário e estes formadores, para lhes dar os parabéns, entretanto hoje caem mais bolas de fogo do Céu – as precursoras do dia da ira divina – do que se formam padres santos, no Brasil e no mundo. E agora, continuo com as perguntas sobre a Igreja: que será dela no futuro, diante da ruína dos seminários, da destruição do sacerdócio, do desbaratamento dos sacerdotes, diante da deformação – não formação santa deles – uma vez que o mundo só resiste em pé por causa do sacerdócio católico? Sim, desde que santo sacerdócio!

    Numa reportagem que li ontem, se dava conta de que todos os anos a Igreja perde em torno de 3000 mil, sim, três mil sacerdotes e freiras consagradas, seja para o mundo e o mundanismo, seja até para o ateísmo! Veja bem, a Igreja PERDE, e não está recebendo reforço deste número! Sinal de que está morrendo! Então como pode alguém dizer que ela está melhor do que nunca? Não seria se destruindo mais rápido que nunca? Noutro dia li que em toda a Bélgica, na Europa, um país que se considera católico por tradição milenar, havia apenas dois seminaristas, enquanto, no ano passado 2012, sua população era de mais de 11 milhões de habitantes! E seriam santos estes dois futuros padres? Porque se fossem santos como o Cura de Ars, certamente a Bélgica seria salva da ruina de sua Igreja. Somente estes dois converteriam aquele povo, que se faz pagão! Pergunto: porque desconhece a sua Igreja pela má catequese, ou porque detesta o que nela acontece, em termos de doutrina e de santidade?

    Digo para os amigos, que só não sei como não entro em desespero quando ouço coisas assim: Seu Aarão, eu fiquei pasma com o que vi hoje! Passei em frente ao seminário X, e vi dois jovens seminaristas, cheios de tatuagens e brincos nas orelhas, saindo alegremente de mãos dadas pela rua! Devem ter um reitor “santo”! Ou esta, de um “reitor” de seminário dizendo a outro reitor: “Felizmente hoje consegui acabar com este Terço, aqui em meu seminário. A Igreja precisa de doutores e não de santos”. No que ele reconhece que os a maioria dos doutores da Igreja, realmente não é santo, porque não reza. Este outro Reitor, hoje já falecido, me contou isso pessoalmente, entristecido, porque no seminário que ele dirigia, sua batalha era exatamente para conservar, pelo menos o Terço diário, com todos os seminaristas. E pior é que estes poucos bons, ainda morrem! Ou são expulsos da direção! E assim a Igreja morre um pouco a cada dia, e cada vez mais rapidamente definha.

    Agora me digam, com esta situação, que tudo indica é apenas uma pontinha do véu de um escândalo que clama aos céus, como se poderá fazer uma reforma no edifício espiritual da nossa Igreja? Se aqueles a quem é dada a tarefa de levar avante a reforma estão neste estado de calamidade e mesmo de morte espiritual, tudo o que eles podem fazer é colocar a Igreja também num sepulcro. Neste caso, de que adianta reformar cargos no Vaticano e corrigir a estrutura administrativa superior, se estes cargos podem, como se está vendo, sendo preenchidos por gente como este que disse, “ouso dizer que a Igreja hoje está tão bem como nunca”? Declarações como esta clamam aos céus por aberrantes que são. É desesperador escutar isso de alguém que vai ajudar a dirigir a grande Igreja Católica! Isso dá razão às visões de Anna Catarina Emmerich que via no futuro a Igreja sendo defendida por poucos ao tempo em que um exército negro se afanava em destruí-la!

    Entretanto não é somente isso que nos assusta! Quando vemos no Santuário de Aparecida, ser levada em procissão a estátua de uma deusa pagã – e o povo ignaro e cego, imbecilizado, cantando, aplaudindo e louvando – que se pode esperar daquele Santuário? Somente que ele seja – como será e não demora – fulminado pela ira divina. Não seria a mesma situação que Moisés encontrou quando descia dos sinais, e o bando que prosternava diante de um bezerro? Não chegaram elas à idolatria?  Não só isso, porque ali também adentram os pais-de-santo para darem “passes” nos católicos, porque dizem os freis que “temos de acolher a todos fraternalmente”. Como? Num diabólico e falso ecumenismo, que só pode mesmo atrair sobre eles a fúria da Justiça Eterna. Fraternidade maldita esta, que tenta socar na boca de Deus os argumentos do diabo. As “bênçãos” do inferno! Jamais poderá haver reconciliação entre os adoradores do anjo negro, dos trabalhadores da “vinha” de satanás, com aqueles que trabalham na vinha do Senhor. Isso não é ser um só como Jesus pede, e sim é escandalizar!

    Porém, que se pode fazer quando as sociedades secretas se movem cada vez mais acintosamente dentro dos ambientes sagrados da nossa Igreja, e quando nossos bispos adentram lojas obscuras para dar palestras, em apoio a aqueles que no fundo são nossos inimigos que agem nas sombras? E estes mesmos pedindo ao Papa que “acabe com esta inimizade que há entre nós” quando se sabe que os documentos antigos e ainda em vigor na nossa Igreja nos diferenciam como inimigos irreconciliáveis. Não pode haver união entre Jesus os que recebem ordens de Baphomet. Esta inimizade é eterna! Que os amantes de Belzebu permaneçam em suas pocilgas, os centros e terreiros, mas não conspurquem com sua presença os sagrados templos do culto ao nosso Deus. Não contaminem os maus espíritos os locais onde se deve adorar, somente ao Deus Único e verdadeiro.

    Nesta altura do texto eu coloco uma palavra, que me parece a mais acertada: Frenesi! Impera hoje entre nossos padres – e estes contaminam nossos leigos – por mudanças e mudanças na Igreja. Fala-se no Vaticano em um novo ministério dos leigos, que viria a cobrir espaços onde faltam os sacerdotes. Céus, aqui se encontra um perigo, e uma prova de que não desejam uma mudança de fundo, mas um remendo que arrebente com tudo. Ou seja, ao invés de reformar os padres e os seminários, e pensarem na falta crônica de padres, na quase inexistência de padres santos, abrir mais espaços para os leigos assumirem funções específicas dos sacerdotes, seria o caos. E como não poderia deixar ser, desejam mais espaço para as mulheres na Igreja, quando São Paulo disse: quero as mulheres fora do presbitério! Mas para orgasmo das feministas, nisso incluído e não descartado, as sacerdotisas, bispas, cardealas – crio agora este termo – e as papisas, eis aí gente agindo para demolir a Igreja.

    Se existe uma pesquisa que me atiça a curiosidade, seria saber com toda precisão, entre os 413 mil sacerdotes católicos, aqueles que anseiam pela quebra do celibato para poderem casar. Vou responder não precisa de nenhuma pesquisa: antes de eu terminar a formulação mental da pergunta – e quase me atrapalhou a digitação – em voz me respondeu interiormente: 90% deles! Levei até um susto pela firmeza da resposta! Ou no leitor não se assustou com o número? Acaso pode mesmo a Igreja ir bem se das suas 413 mil colunas sacerdotais 371.700 estão estragadas? Nossa Mãe também nos disse que hoje “2/3 partes dos sacerdotes no acreditam na Eucaristia”. Ou seja, 275.333 padres estão a celebrar sacrilegamente, porque MENTEM a cada vez que erguem o Corpo de Cristo, e dizem: Isto É Meu Corpo! Isto É Meu Sague!, quando não acreditam nisso! São colunas já sem cimento – portanto sem oração – que demonstram a falência da Igreja.
    Meus amigos é exatamente por causa disso que a Igreja desabará! Até certo ponto, é claro! Porque suas colunas estão se esfacelando, as vigas desabando sobre elas, os caibros se partindo, e afinal de contas hoje não temos mais a segurança sequer do “fundamento” se está mesmo na Rocha de Pedro, como tudo leva a crer. A esperança então está nos 41.300 sacerdotes que, pelo menos não pensam em se casar, o que seriam padres com algum amálgama pelo menos. Mas destes, quantos são os que ainda acreditam na Eucaristia? Pelas contas, temos que extrair dali 2/3, o que significa 13.766 padres santos, ou pelo menos com alguma santidade, padres humildes, obedientes, mas firmes na Sã Doutrina, que podem nos dar a esperança de que a Igreja não desabará, ainda desta vez. E eu não duvido da exatidão destes números!

    De fato, um sacerdote que pretende se casar, quebra seu juramento feito diante de Deus, e foge da missão que Ele lhe confiou. Ele trai o voto de castidade, e trai o voto de obediência! E quando pensa somente nos pobres em dinheiro, trai também o voto de pobreza, porque não trata da pobreza espiritual, esta que é mortal. E literalmente, cada um deles torna-se apenas um mercenário! Celebra sem amor, mente quando eleva o Corpo e o Sangue de Cristo e, portanto celebra sacrilegamente, também, todos os outros Sacramentos, embora que sejam válidos quanto ao que os recebe, desde que nas condições requeridas pela Igreja. Acaso o amigo leitor ainda tem dúvidas do motivo pelo qual nossa Igreja chegou a este estágio de morte? De falência! De ruptura, uma vez que de todos os lados surgem bandos tentando se apossar dela? Quantos mil cetros já temos operando?

    Alguns anos atrás, um sacerdote amigo, depois da cerimônia da Quinta Feira Santa, me pediu para que eu falasse por uns cinco minutos sobre o sacerdócio. Assim que eu tomei o microfone, e me virei para a assembleia, eu fiquei chocado com o que vi, não no povo, mas na igreja. Nossa igreja parecia um baldaquino destes de cobrir o padre nas procissões de rua, com o Santíssimo, onde suas dezenas de colunas estavam uma baixada, outra mais levantada, parecendo um esqueleto desconjuntado. Vi nestas colunas com os topos fora de nível o sacerdócio da nossa Igreja e falei sobre isso, pena que não foi gravado o que me foi inspirado a dizer no momento. Mas agora quando a mesma visão ainda está gravada na mente, vejo que ela se aplica hoje, mais do que nunca a nosso caso.
    Enfim é óbvio que se trata de todo um conjunto a ser modificado. Não há mais, boa formação sacerdotal, porque não há boa formação nas famílias. De sacerdotes não santos, não podem sair bispos santos, e voltados para a tremenda missão do episcopado, como príncipes da Igreja e sucessores dos apóstolos. Bispos formados na escola da teologia e não na Forja da Oração, jamais poderão ser Pedro. E nisso tudo nos deparamos com a praga do orgulho, que significa querer reformar a Santa Igreja, sem ter Deus na frente de tudo. E Deus na frente, significa Oração contínua de toda a Igreja unida, clero e fiéis, de todas as formações e idades, de todas as raças povos e línguas.

   De fato só poderia haver algum sucesso na reforma, se ela se fizesse em Deus e por Deus. Se o Papa atual, antes de tudo, convocasse o mundo católico, para uma quarentena de orações, de jejuns e penitências – E QUE TODOS OS CATÓLICOS ACEITASSEM – então a reforma teria uma chance porque Deus a faria, tal como agiu sobre Nínive. Em suma, eu teria que escrever um livro sobre este caminho do desastre, mas enquanto a Igreja não reza, enquanto os padres estudarem para ser filósofos e abominarem ser santos, nós só teremos bispos hereges ou desobedientes, e nunca mais teremos a certeza de um Pedro santo. E se eles não imitam Jesus, em santidade, em humildade e obediência, em mansidão e prudência, em amor e em caridade, tudo o que resta são ruínas sobre escombros. Somente Jesus voltando para por em ordem todas estas coisas! E será com a vara da Justiça!

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Agudos / Um dia Você Fêz este caminho




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